
A Diocese de Anápolis, em Goiás, inaugurou ao final de janeiro o Seminário Menor Diocesano ‘Cristo Redentor’, que abriga agora dez jovens estudantes do ensino médio (foto). A Diocese firmou parceria com o Colégio São Francisco, onde os jovens acabam de iniciar o ano letivo, preparando-se para ingressar no Propedêutico, que corresponde à primeira etapa de formação no Seminário Maior.
A instação do Seminário supre a necessidade de formar jovens mais próximos de casa. Até 2013, a diocese encaminhava os seminaristas menores para Petrópolis, no Rio de Janeiro, no Seminário Menor Diocesano "Nossa Senhora do Amor Divino". O bispo de Anápolis, Dom João Wilk, falou ao A12 sobre a importância do Seminário Menor para o incentivo às vocações.
A12 - Como se sente com a instalação do Seminário Menor? O que representa para a Diocese de Anápolis mais esta conquista?
Dom João Wilk- A promoção vocacional e a formação do clero é uma das prioridades da Diocese. A pastoral vocacional é animada pelos próprios formadores, com encontros periódicos com os candidatos, que incluem uma prévia avaliação antes de serem admitidos a fazer a experiência no seminário. Iniciar um seminário menor próprio é uma satisfação e um desafio. Anteriormente, por vários anos, os nossos seminaristas menores estudavam com os Legionários de Cristo e na Diocese de Petrópolis. Porém, a distância dos familiares e da própria Diocese, a inserção na cultura bastante diferente da nossa causavam um sério desconforto para nós e para os formandos. Refletimos por bastante tempo se não seria o caso de fazer o nosso seminário menor, se o seminário menor não seria já ultrapassado, quem seriam os formadores... Decidimos iniciar com confiança nos nossos padres e na providência divina.
A12 - Quantos jovens compõem a primeira turma? Como será a formação deles?
Foto de: Diocese de Anápolis

Capela do Seminário Menor Diocesano ‘Cristo Redentor’
Dom João Wilk- A primeira turma conta com dez jovens. É a média que todos os anos ingressam no caminho formativo. Eles estudam o segundo grau no Colégio São Francisco em Anápolis. Moram no seminário, recebem a formação adequada ao estágio em que se encontram, todos os dia vão para as aulas. Acreditamos que morar juntos, formar a comunidade, aprender a organizar o seu tempo, aceitar o diferente são passos para inserir o jovem no futuro presbitério e na compreensão da Igreja comunidade. Estudar no colégio externo, junto com os colegas, rapazes e moças, acreditamos que ajuda para crescer mais integralmente e amadurecer todas as esferas de um jovem em crescimento.
Depois do seminário menor vem um ano de propedêutico, depois dois anos de filosofia e quatro de teologia. É bom dizer que no propedêutico, sem passar pelo seminário menor, todos os anos ingressam em média dez a quinze jovens que já concluíram o segundo grau. Em termos de números, iniciamos o ano 2014 com 67 seminaristas: 10 no seminário menor, 14 no propedêutico, 15 na filosofia e 28 na teologia. A equipe de formadores é composta por cinco sacerdotes e um diácono, para os três níveis de formação.
A12 - Quais são as dimensões da Diocese de Anápolis?
Dom João Wilk - Eu diria que é uma diocese média. Tem 14 mil quilômetros quadrados de superfície com cerca de seiscentos mil habitantes. Temos 109 sacerdotes, entre diocesanos e religiosos, 23 diáconos permanentes, seis diáconos temporários, 150 religiosas e 67 religiosos. É bom lembrar que a Diocese de Anápolis é localizada no "trevo do Brasil", ou seja aqui se cruzam as principais rodovias que ligam norte e sul. É uma realidade em acentuado crescimento populacional, com boas perspectivas de desenvolvimento. Isto tudo é um desafio para o presente e para o futuro. É nesta lógica que se insere o nosso trabalho vocacional.
A12 - Existem outros projetos futuros ou em andamento relacionados ao Seminário Menor?
Dom João Wilk - Em 2016 a nossa Diocese vai celebrar o Jubileu de Ouro. Estamos fazendo o Triênio de preparação com temas voltados ao mistério da Santíssima Trindade, à família, à catequese e à missão. Como um dos marcos escolhemos o compromisso missionário, na África e na vizinha Diocese de Rubiataba-Mozarlândia. Por enquanto, para Rubiataba-Mozarlândia enviamos um sacerdote e dois diáconos. Está no programa inserir esta experiência missionária no currículo da formação. O próprio processo de formação é o constante desafio. Somos conscientes da necessidade da formação dos formadores e de estar a cada momento à altura de corresponder ao que determinado momento exige. Um grupo relativamente grande exige a presença constante dos formadores e acompanhamento personalizado. Se não, se corre o risco de formar uma massa, não os indivíduos.
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