Papa Francisco, na videomensagem aos participantes da Organização Internacional de Educação Católica (OIEC), no dia 08 de junho de 2019, mais uma vez de forma clara e intensa, deixou-nos fortes ensinamentos.
"Educar ao humanismo da fraternidade para construir uma civilização do amor" tem sido uma insistente orientação a todas as pessoas que formam pessoas.
Papa Francisco apresentou a educação ecológica como aquela que promove uma aliança entre a humanidade e o meio ambiente, numa perspectiva humanística. Para atingi-la, “o educador deve unir em si qualidades de ensino e capacidade de atenção e cuidado amoroso pelas pessoas”, indicou o Papa.
Para que aconteça uma educação ecológica, na perspectiva humanística, é preciso colocar, no centro da ação educativa, a pessoa na sua integralidade. Para isso, afirma Papa Francisco: “necessita-se de educadores competentes, qualificados e, ao mesmo tempo, ricos em humanidade”.
Formar pessoas vai muito além de exercitar as habilidades cognitivas. Quando a Educação não coloca no centro de sua ação a pessoa, em sua integralidade, ela não está cumprindo verdadeiramente o seu papel.
Pessoas não são máquinas, assim como foi popularizado na frase de Charles Chaplin, no último discurso do filme "O Grande Ditador": “Não sois máquinas, homens é que sois!” Muitas vezes, a ação educativa centra-se na ditadura dos resultados mensuráveis, que geram o individualismo e o consumismo, que fomentam a competição e, consequentemente, a cultura da indiferença, não levando em conta a condição humana dos sujeitos.
Leia MaisFestas juninas: cultura de alegria e de vida Educar pessoas leva tempo. É preciso maturar as relações, ter bases sólidas e não se deixar levar pela rapidez instaurada pelo “caos da velocidade” quando tudo se perde na efemeridade. Papa Francisco recorda que: De fato, a pessoa necessita de um próprio percurso temporal para aprender, consolidar e transformar as consciências. Reencontrar o tempo significa também apreciar o silêncio e parar para contemplar a beleza da criação.
O Criador viu que “tudo era bom”, pois criou cada coisa a seu tempo e com cuidado. Reencontrar-se com o tempo é um convite para a maturação, para a formação de bases sólidas, para o planejamento e para a educação da essência e do humanismo da fraternidade. Sem essas condições, as garras do relativismo alcançam os educadores e educandos, deixando-os na superficialidade de uma "suposta educação".
Se estes não forem bem preparados, competentes, interessados, atentos, vigilantes e, principalmente, “ricos em humanidade”, não acontece a Educação para a Civilização do Amor. Por isso, como solicita o Papa: “Trabalhemos para libertar a educação de um horizonte relativista e abri-la à formação integral de cada um e de todos.”
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