Entidades religiosas, civis e públicas do sul de SC criam organização de amparo a imigrantes

Para tratar a questão dos imigrantes que chegam à região Sul catarinense, foi criado no fim do mês passado o Fórum Permanente de Mobilidade Humana. A nova organização foi criada durante encontro do Fórum das Imigrações do Sul de Santa Catarina, que teve a presença de 300 pessoas, representantes de diversas entidades religiosas, civis e públicas.

No próximo dia 4 de setembro, um seminário com entidades interessadas em formar o Fórum Permanente será realizado em Criciúma e contará com a assessoria da secretária executiva do Setor Mobilidade Humana da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), irmã Rosita Milesi. Representantes do Ministério da Justiça e do Instituto Migrações e Direitos Humanos, que tem sua sede em Brasília (DF) também devem participar do evento.

Segundo Neuza Mafra, coordenadora da Cáritas Diocesana de Criciúma, uma das entidades que integra a nova organização, o encontro visa principalmente abrir reflexão sobre a questão da mão de obra dos imigrantes. Segundo a coordenadora, a realidade local apresenta problemas relacionados a condições de trabalho degradantes, impondo para as entidades desafios jurídicos e violações das leis trabalhistas e de direitos humanos.

Neuza Mafra informou ainda que o Fórum Permanente contará com diversos Grupos de Trabalhos (GTs) visando a atuação conjunta das entidades que atuam na defesa dos direitos dessas pessoas. Devem ser criados GTs voltados para a economia solidária, para valorização da cultura, de educação voltado para o aprendizado da língua portuguesa, de trabalho para orientar e acompanhar os imigrantes no ingresso ao mercado de trabalho local, de donativos para cuirdar do encaminhamento das doações recebidas e um trabalho de mapeamento para identificação dos imigrantes.

Atualmente, estima-se que mais de mil imigrantes buscaram moradia no Sul de Santa Catarina. Alguns destes são acolhidos por paróquias e entidades católicas e recebem doações de alimentos, roupas, aulas de português, encaminhamento para retirada de documentação ou regularização do visto no país.

No último dia 14, na sede da Cáritas de Criciúma, novas entidades se colocaram à disposição do trabalho do Fórum, como membros e voluntários da Cruz Vermelha, CRAS de Forquilhinha, Coletivo Chega de Racismo, Anarquistas Contra o Racismo, Casa de Passagem São José, Igreja Anglicana, Renovação Carismática Católica e Instituto Federal de Santa Catarina.

Organizações ou instituições que tenham interesse em participar dos debates sobre os imigrantes, podem entrar em contato com a Cáritas Diocesana por meio do e-mail: caritas@diocesecriciuma.com.br.