Há uma riqueza pouco conhecida dentro da Igreja Católica: as Igrejas de rito oriental em comunhão com o Papa.
Elas seguem liturgias próprias, com idiomas antigos e costumes diferentes, mas professam a mesma fé e reconhecem a autoridade do Papa.
Atualmente, nossa Igreja reúne 23 Igrejas orientais católicas, que mantêm plena comunhão com Roma. Cada uma conserva sua identidade histórica, litúrgica e espiritual.
Estar em comunhão com o Papa significa aceitar sua missão como Sucessor de São Pedro e líder da Igreja universal.
Essa união não exige abandonar tradições próprias. Pelo contrário, reforça o valor da diversidade dentro da mesma fé.
Entre as principais Igrejas orientais católicas em comunhão com o Papa, destacam-se:
Igreja Maronita — Presente no Líbano, sempre permaneceu unida a Roma.
Igreja Greco-Católica Ucraniana — Uma das maiores, segue o rito bizantino.
Igreja Melquita — Ativa no Oriente Médio, celebra em árabe e grego.
Igreja Copta Católica — Com origem no Egito, utiliza o rito alexandrino.
Igreja Siríaca Católica — Mantém viva a língua aramaica em suas celebrações.
Outras Igrejas, como a Caldeia e a Armênia Católica, também compõem essa comunhão, cada uma com seus ritos e expressões próprias da fé cristã.
As Igrejas católicas orientais diferem da Igreja de rito latino em diversos aspectos:
- Celebram liturgias mais longas, com uso intenso de ícones, incenso e cantos;
- Permitem o matrimônio de padres (exceto bispos), conforme suas normas internas;
- Utilizam línguas litúrgicas antigas, como aramaico, copta, grego e árabe;
- Seguem um código canônico próprio: o Código dos Cânones das Igrejas Orientais.
Apesar das diferenças, todas partilham os mesmos sacramentos, a mesma doutrina e a mesma Eucaristia.
A presença de cardeais das Igrejas orientais em conclaves papais mostra o valor universal da Igreja. No último conclave, cinco cardeais dessas Igrejas participaram como eleitores.
São eles:
Cardeal Louis Raphael Sako, patriarca da Igreja Caldeia (Iraque);
Cardeal Baselios Cleemis, chefe da Igreja Siro-Malancar (Índia);
Cardeal Berhaneyesus Demerew Souraphiel, arcebispo de Addis Abeba, da Igreja Etíope Católica;
Cardeal Mykola Bychok, da Igreja Greco-Católica Ucraniana (sediado na Austrália);
Cardeal George Koovakad, da Igreja Siro-Malabar (Índia).
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Por que essas Igrejas são importantes?
As Igrejas de rito oriental em comunhão com o Papa revelam a beleza da fé vivida de forma plural. Muitas delas enfrentam guerras, perseguições e migrações, mas continuam firmes na missão de evangelizar e testemunhar o Evangelho.
Essas comunidades mostram que é possível viver a unidade. Cada uma oferece uma contribuição à espiritualidade católica, com raízes em culturas antigas e práticas litúrgicas que remetem aos primeiros séculos do cristianismo.
Fonte: vatican.va, Código dos Cânones das Igrejas Orientais, CNEWA
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