Por Elisangela Cavalheiro Em Igreja

Intervenção militar poderia ser 'desastrosa' disse líder da Igreja Católica Greco-Melquita

O líder da Igreja Católica Greco-Melquita na Síria, Gregorios III, em entrevista à Associação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) na última terça-feira (27) disse que uma intervenção militar do Ocidente contra o regime do presidente Bashar Al-Assad seria desastrosa.

As declarações do Patriarca vêm à tona com o pronunciamento oficial do presidente Barack Obama dado neste sábado (31). O presidente disse que pedirá autorização do Congresso americano para uma intervenção militar na Síria. Como o Congresso está em recesso até o dia 9 de setembro, o presidente irá aguardar para dar uma resposta definitiva. 

o presidente considerou a intervenção, após o possível ataque com armas químicas pelo governo sírio, no último dia 21 de agosto, que matou 1.429 pessoas em Ghouta que fica próxima de Damasco. O presidente indicou que o ataque foi o "mais grave do século 21".

Na entrevista concedida na última terça-feira, o Patriarca expressou dúvidas quanto à credibilidade de algumas evidências apresentadas dos focos de conflito na Síria. “Quem pode saber com certeza quem esteve por trás dos ataques com armas químicas?”, concluiu.

Criticando a posição dos Estados Unidos em relação à Síria, o Patriarca acrescentou: “Não se deve acusar o governo um dia e a oposição no outro. É assim que se instiga a violência e o ódio. Os americanos vêm agravando a situação por dois anos”.

Para o Patriarca Gregorios III, apesar da situação de conflito, as iniciativas de reconciliação ainda são viáveis e deveriam ser de alta prioridade para todos os países envolvidos.

Renovando seu pedido de orações pela Síria o patriarca se diz contente por ver que, em meio a esta situação de violência, os cristãos respondem com orações. Durante todo este tempo de crise, as igrejas estiveram quase sempre repletas. 

"As pessoas sentem que apesar dos problemas, Deus está concedendo milagres. Há uma mistura de esperança e desespero entre o povo. Não sabem o que vai ser do futuro. Estão muito preocupados pelos seus filhos e por aqueles mais vulneráveis. Experimentam o medo, mas apesar disto, estão fortes na fé”, disse o Patriarca Católico Greco-Melquita.

 

 

Fotos: ONU.

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