A Igreja do Rio de Janeiro dá sequência ao processo de beatificação do casal fluminense Zélia e Jerônimo. Dando continuidade na busca por informações, na coleta de depoimentos e na apuração de dados históricos, a equipe responsável se organiza para concluir o processo e enviar o material para Roma.
Foto de: Arquivo da Arq. do Rio
Servos de Deus Jerônimo e Zélia, exemplo de casal casal cristão.
O processo de beatificação do casal, com a presença dos seus restos mortais, foi aberto neste ano, no dia 20 de janeiro, durante as festividades do padroeiro da cidade do Rio, na Igreja de São Sebastião, confiada aos frades capuchinhos, na Tijuca.
O delegado episcopal para a Causa dos Santos da Arquidiocese do Rio, Dom Roberto Lopes, que também é vigário episcopal para a Vida Consagrada, acompanha de perto o trabalho do processo de documentação. Para Dom Roberto, Zélia e Jerônimo é um exemplo de casal cristão, pela história de vida.
Em outubro de 2015, acontecerá no Vaticano o Sínodo dos Bispos, reforçando a questão da beleza e valores da família cristã.
Dom Roberto explicou que a meta da equipe é encerrar os trabalhos do processo de Zélia e Jerônimo até o início desse evento, já que uma das virtudes reconhecidas de Zélia e Jerônimo é o exemplo familiar que deixaram como legado para a sociedade e para a Igreja.
“Em pleno ano de Sínodo Extraordinário das Famílias, vamos nos dedicar inteiramente em montar o processo do casal Zélia e Jerônimo. Será muito bonito e importante para a Arquidiocese do Rio e para o Brasil a santificação de um casal”, frisou.
Breve Histórico
Tendo ouvido o pedido de inúmeras famílias, a Arquidiocese do Rio de Janeiro postula a causa de beatificação do primeiro casal brasileiro.
Jerônimo nasceu em 1851 e Zélia em 1857, ambos no Rio de Janeiro. Ele estudou ciências humanas na Alemanha e engenharia civil no Rio de Janeiro. Zélia dedicou-se desde jovem aos estudos clássicos, falava e escrevia vários idiomas. Casaram-se em 1876. Vivendo em uma sociedade escravocrata, o casal tomou por missão educar os filhos nos princípios do humanismo cristão. Sendo donos de uma grande fazenda de café e de centenas de escravos, tratava-os como pessoas livres.
O casal fez o grande sacrifício de oferecer a Deus todos os seus filhos; três se tornaram sacerdotes e seis religiosas. Ao longo de suas vidas, através do amadurecimento da experiência cristã do matrimônio, o casal foi desenvolvendo várias obras de caridade e evangelização, tornando-se exemplo de família cristã para o seu tempo e para os dias de hoje. O Servo de Deus morreu com fama de santidade em 1909.
Durante a viuvez, a Serva de Deus distribuiu todos os seus bens e consagrou-se de forma radical na Congregação das Servas do Santíssimo Sacramento, vindo a falecer em 1919.
Em 1939, monsenhor Castelo Branco realizou a exumação dos corpos, levando os restos mortais para a Paróquia Nossa Senhora de Copacabana, onde permaneceram até o começo de 2014, sendo levados para a Paróquia Nossa Senhora da Conceição, na Gávea.
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