O Padre jesuíta Inácio Spohr lança amanhã (13) em Porto Alegre (RS) o primeiro exemplar de sua coleção História das Casas – um resgate histórico dos jesuítas no sul do Brasil. O livro que retrata a história da Paróquia São Pedro de São Pedro da Serra (RS) será apresentado ao público no local da Exposição Jesuítas: Paixão e Glória – no Bourbon Shopping Wallig, às 19h.
O lançamento da coleção ocorre em meio às comemorações pelo bicentenário de restauração da Companhia de Jesus e pretende destacar 30 comunidades-paróquias, colégios e seminários que marcaram a história da ordem fundada por Santo Inácio de Loyola.
Em entrevista ao A12, o autor fala sobre inspiração, pesquisas realizadas e o processo de seleção das histórias para os livros. Confira:
A12 - Como surgiu a inspiração para os livros?
Foto de: Divulgação
Capa do primeiro livro da coleção
História das Casas.
Pe. Spohr - Por ocasião da publicação do livro “Memória de 665 jesuítas da Província do Brasil Meridional”, em 2011, deparei-me com um problema prático: como é que o leitor ou a leitora vai saber quais foram, efetivamente, os jesuítas que trabalharam numa determinada obra (paróquia, colégio ou seminário)? Como se desenvolveu tal obra? Assim, senti a necessidade de trazer à luz a história de cada uma das paróquias, colégios e seminários, onde os jesuítas trabalharam no decorrer dos anos.
Com raras exceções, não há uma história escrita, em livro ou brochura, do período jesuítico destas obras. Uma vez que temos em nosso Arquivo Provincial, em Porto Alegre, um material muito rico em questão de diários das casas, cartas ânuas (relatórios anuais), histórias da casa, correspondências, catálogos, fotografias... achei por bem fazer uma apresentação sucinta, de modo cronológico, do dia a dia das respectivas casas. Na verdade, a maior parte destes diários, cartas ânuas ou historia domus, foram escritos em latim ou alemão. Felizmente, vários jesuítas, tanto padres como irmãos já falecidos, se deram ao trabalho de traduzir tais obras para o português ou fizeram um resumo destes escritos. É a partir destes textos que elaboro os meus escritos.
A12 - Quanto tempo levou a pesquisa de fundamentação?
Pe. Spohr - Depende de uma obra para outra. Por exemplo, se os jesuítas trabalharam muito tempo num lugar e deixaram muitas coisas escritas, então, o trabalho leva mais tempo. Se tiver pouco material e o período de permanência foi curto, é claro que, então, o trabalho termina em pouco tempo. Geralmente, preciso de um mês para deixar o trabalho, mais ou menos, pronto. Alguns casos levaram mais de dois meses. Por outro lado, não faço análise dos fatos elencados. Não há um estudo teórico. Procuro deixar o material pronto para eventuais consultas: quando foi construída tal igreja, colégio ou seminário, quem inaugurou, etc.
Foto de: Arquivo/ Jesuita.org.br
Pe. Inácio Spohr em lançamento
do livro “Memória de 665 jesuítas"
em 2011.
A12 - Quais paróquias, seminários e colégios serão retratados na coleção?
Pe. Spohr - O meu objetivo é focar o período jesuítico das obras, no sul do Brasil. Até o momento, já “vasculhei” as paróquias de Montenegro, Pareci Novo, Bom Princípio, Tupandi, São Sebastião do Caí, Alto Feliz, São Pedro da Serra, Dois Irmãos, Ivoti, São José do Hortêncio, Hamburgo Velho, Estrela, Lajeado, Cerro Largo. Também já concluí sobre os seminários e colégios de Rio Grande, Pelotas, Salvador do Sul e Pareci Novo. É claro, falta ainda revisar vários destes trabalhos. Cada qual tem, em média, 100 a 250 páginas.
A12 - O que o senhor destacou de cada um?
Pe. Spohr - É só vendo a história de cada qual. Às vezes, é o problema cultural, ou o social, ou o político, ou a língua, ou a piedade religiosa, ou as vocações, ou as escolas paroquiais, ou as dificuldades geográficas, transportes rudimentares, chuvas, enchentes, pestes...
Serviço:
- 13/11: Lançamento da coleção História das Casas: Paróquia São Pedro
Bourbon Shopping Wallig, às 19h.
Exposição Jesuítas: Paixão e Glória - 2º piso
Av. Grécia, 1.500
:. Confirmar presença pelo email comunicacao@asav.org.br ou (51) 3343-2466
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