Dom Jaime Spengler, Arcebispo de Porto Alegre e presidente da CNBB, compartilhou suas reflexões sobre o Sínodo que está acontecendo no Vaticano, de 2 a 27 de outubro. Ele explicou que o Sínodo é uma oportunidade de revisitar as ideias do Concílio Vaticano II, que foi um importante encontro da Igreja para pensar em sua missão no mundo moderno.
Segundo Dom Jaime, “Vivemos um tempo em que a Igreja está sendo desafiada a buscar meios, linguagem e métodos apropriados para transmitir a fé às novas gerações”.
Ele destacou que o Sínodo é uma chance de colocar em prática aquilo que o Concílio entendeu naquela ocasião. “Na verdade, se trata de desenvolver as intuições dos padres conciliares e encontrar caminhos viáveis para implementá-las”, reforçou.
Dom Jaime também lembrou que a Igreja é um “organismo vivo”, que “implica estar disposta, aberta para colher os sinais dos tempos, num mundo em rápidas transformações e evolução”.
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Para ele, é essencial escutar o que o Espírito Santo está dizendo à Igreja hoje, e continuar a missão dada por Cristo. “Ele continua enviando os discípulos em missão. Missão entendida como um acompanhamento no espírito do diálogo”, afirmou.
Dom Jaime também ressaltou que todos os membros da Igreja precisam participar mais ativamente da missão. “Todos os batizados necessitam melhor compreender o que significa ser Igreja participativa, promovendo a comunhão e a missão. Isto implica formação e espiritualidade pertinentes”.
Além disso, ele destacou que, para a missão ser eficaz, é preciso manter a fidelidade ao Evangelho: “O importante e decisivo é se o que está autenticamente em questão é a fidelidade ao Evangelho, à bela e rica tradição da Igreja e se as possíveis e necessárias respostas aos apelos de hoje trazem as marcas da vocação da própria Igreja: ser sal e luz no mundo!”.
O Arcebispo também comentou sobre a necessidade de uma conversão pessoal e pastoral. Para ele, antes de mudar estruturas, é preciso que cada pessoa passe por uma transformação interna. “Urge tornar a tarefa evangelizadora mais inclusiva e aberta; instigar a todos os que reconhecem Jesus como Caminho, Verdade e Vida a ‘sair’, a compartilhar com quem encontrar a experiência de se sentir amado/a por Ele, pois fez também a experiência do encontro com Ele…” reforçou.

Dom Jaime acredita que o processo sinodal deve inspirar todos a se abrirem para as mudanças que o Espírito Santo está indicando.
“No Brasil, e na América Latina, muito do espírito que orienta os trabalhos sinodais já se encontra presente na pastoral ordinária das Igrejas Particulares. Porém, sempre se pode avançar, aprender com outras realidades eclesiais, outras culturas. É por aí que passa a tão necessária e desejada renovação de métodos, expressões, linguagem, ardor, disposição e estruturas”, concluiu.
Por isso, é muito importante que cada um de nós, como parte da Igreja, abra o coração e a mente para as mudanças que o Espírito Santo está nos mostrando. Assim, juntos, podemos levar a missão de Jesus a mais pessoas, com mais dedicação e amor, chegando especialmente às novas gerações e àqueles que ainda não sentiram o carinho de Deus em suas vidas. Que possamos, com fé e coragem, tornar a Igreja cada vez mais viva, presente e acolhedora no mundo de hoje.
Fonte: CNBB
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