O ano de 2022 foi muito importante para a Rede Clamor, iniciativa eclesial latino-americana e caribenha de migração, deslocamento, refúgio e tráfico, vinculada ao Centro de Programas e Redes de Ação Pastoral do Conselho Episcopal Latino-Americano e Caribenho (Celam).
Leia MaisSalesianos implementam atividades de verão para refugiados da UcrâniaO Papa filho de imigrantes e os refugiados de guerraEsta rede foi selecionada pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) como organizadora do Fórum Mundial da associação para 2023.
"O processo de Quito junto com os representantes dos governos latino-americanos que atendem aos migrantes venezuelanos, como a publicação do Mapeamento de Serviços da Igreja Católica latino-americana e caribenha aos migrantes, refugiados e vítimas do tráfico”, listou Monsenhor Gustavo Rodríguez , Arcebispo de Yucatán (México) e presidente da Rede Clamor.
No levantamento citado pelo Monsenhor, foram identificadas 635 obras, cinco zonas de trânsito, 22 países e 345 cidades receptoras.
Trabalho com foco na sinodalidade
Elvy Monzant, secretária executiva da Clamor, destaca que neste ano os organizadores da rede viveram de forma intensa a oportunidade sinodal de realizar o trabalho em conjunto, assim crescendo o sentido de pertença como Rede no mundo.
“Trabalhamos em coordenação com a Seção de Migrantes e Refugiados do Dicastério a Serviço do Desenvolvimento Humano Integral e em total comunhão com o Papa Francisco. Nosso norte são os quatro verbos que o Papa nos propôs: acolher, proteger, promover e integrar”, completou.
Como surgiu a rede?
A iniciativa foi formada em 2017 pelo Departamento de Justiça e Solidariedade do Celam, tendo o apoio e acompanhamento da Confederação dos Religiosos da América Latina e Caribe (CLAR) e da Cáritas América Latina.
Na Rede constam as seguintes congregações religiosas: Agostinianos, Irmãs Adoradoras, Irmãs do Bom Pastor, Juanistas, Ordem Mercedária Redentora, Rede Franciscana para Migrantes, Rede Jesuíta com Migrantes, Salesianos, Scalabrinianos e o Serviço Jesuíta para Refugiados, entre outras instituições.
Departamentos de Pastoral da Mobilidade Humana das Conferências Episcopais do continente fazem parte da rede, como as Caritas nacionais confiaram a coordenação do atendimento aos migrantes e refugiados estão: El Salvador, Nicarágua, Panamá, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Haiti, Uruguai, Brasil e Antilhas.
No Brasil, a Rede Clamor foi fundada em 2020 e realizou sua primeira assembleia , conforme o A12 noticiou em agosto de 2022.
“Não podemos mais ser uma Igreja de especialistas, que fazem muito bem o seu trabalho, mas a gente vai ter que, em algum momento, encontrar um jeito de mostrar a causa, mostrar o trabalho, apresentar isso para outras pessoas”, disse o secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Joel Portella Amado durante a assembleia nacional da rede.
Dom Orlando nos orienta sobre a Assembleia do CELAM
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