O terceiro mandamento da Lei da Igreja é ‘Comungar ao menos pela Páscoa da Ressurreição’.
Esse preceito foi criado para garantir um “mínimo na recepção do Corpo e Sangue do Senhor, em ligação com as festas pascais, origem e centro da Liturgia cristã.” (Catecismo da Igreja Católica, 2042)
Jesus quis fazer-se alimento espiritual para a nossa salvação. Ele é o alimento que nos traz a vida eterna: “Eu sou o pão da vida. Vossos pais, no deserto, comeram o maná e morreram. Este é o pão que desceu do céu, para que não morra todo aquele que dele comer.
Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão, que eu hei de dar, é a minha carne para a salvação do mundo.” (Jo 6,48-51).
Portanto, é lógico que a Igreja promulgue esse mandamento, visando garantir que os fiéis tenham, ao menos uma vez por ano, a comunhão plena com Cristo, recebendo o seu próprio Corpo e Sangue como alimento.A Eucaristia é afirmada no Concílio Vaticano II como «fonte e centro de toda a vida cristã» (Const. dogm. sobre a Igreja Lumen gentium, 11): dela os fiéis se nutrem.
É tão importante que os dois últimos Papas dedicaram um documento inteiro para escreverem sobre ela. O Beato João Paulo II escreveu a encíclica Ecclesia de Eucharistia, onde faz a relação da Eucaristia com a Igreja.
Bento XVI escreveu uma exortação apostólica pós-sinodal (após o sínodo, que é uma grande reunião de bispos de um continente), denominada Sacramentum Caritatis, onde define a Eucaristia como fonte e ápice da vida e da missão da Igreja. Sobre a Eucaristia aprofundaremos mais em breve, quando falemos sobre esse sacramento.
Vivendo o preceitoTodo cristão que já recebeu a primeira comunhão e que não tenha nenhum impedimento de comungar deve cumprir esse preceito. Não por obrigação, mas porque precisamos para a nossa vida espiritual. Quem não pode comungar também está convidado à comunhão espiritual.Para receber esse sacramento deve estar em estado de graça, ou seja, não ter cometido nenhum pecado mortal. Caso tenha cometido, é indispensável receber antes o sacramento da reconciliação.
É muito importante observar o jejum de uma hora antes de receber a comunhão.Aprender de Maria, a mulher eucarística O Beato João Paulo II nos propõe o seguinte: “Se quisermos redescobrir em toda a sua riqueza a relação íntima entre a Igreja e a Eucaristia, não podemos esquecer que Maria [...] pode guiar-nos para o Santíssimo Sacramento porque tem uma profunda ligação com ele” (Ecclesia de Eucharistia, 53). Lembremos que Ela foi a que primeiro recebeu Cristo no seu interior, sendo o primeiro « sacrário » da história para o Filho de Deus.
Acolhamos o convite de Maria, façamos o que o seu Filho nos disser (Jo 2, 5). Entremos em comunhão com Ele, para que a nossa vida seja plena.
Sobre esse preceito você se aprofundar em:
- Catecismo da Igreja Católica, 2042- Código de Direito Canônico, cânon 920
- Encíclica Ecclesia de Eucharistia, João Paulo II
- Exortação apostólica pós-sinodal Sacramentum Caritatis, Bento XVI.
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