A sessão decisiva do Sínodo para a Sinodalidade acontece em outubro de 2024, em Roma. A Secretaria Geral publicou indicações sobre os passos que serão dados nos meses até o grande encontro dos Bispos, religiosos e leigos com o Papa.
Leia MaisRedentoristas falam de encontro com o Papa na Rádio VaticanoPapa participa de almoço com mais de mil pobres no VaticanoÀ luz do tema “Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão” foi lançada uma pergunta para aprofundar o tema: como ser Igreja sinodal em missão?
Neste aprofundamento temos dois objetivos: propor uma reflexão sobre como valorizar cada fiel como responsável na missão evangelizadora, e depois, a criatividade nas relações entre grupos de Igrejas e o bispo de Roma, colocando sempre como objetivo o equilíbrio entre presbíteros e devotos, com foco nas ações para aproximar mais as pessoas de Deus.
“Cada Igreja local é convidada a efetuar uma nova consulta, determinando as modalidades concretas com base no que parece possível no tempo disponível”, disse um trecho do texto da Secretaria Geral. Isso está em sintonia com a Carta ao Povo de Deus, publicada no final da primeira sessão do Sínodo, pedindo um dinamismo de comunhão envolvendo todos.
Na Carta, foi recordado o longo processo de escuta e discernimento iniciado em outubro de 2021 que foi “aberto a todo o povo de Deus, sem excluir ninguém”. Um tempo para caminhar juntos sob a guia do Espírito Santo, como discípulos missionários no seguimento de Jesus Cristo.
“Pela primeira vez, a convite do Papa Francisco, homens e mulheres foram convidados, em virtude do seu batismo, a sentarem-se à mesma mesa para participarem não só nos debates, mas também nas votações desta Assembleia do Sínodo dos Bispos”, disse o texto.
Durante o Sínodo, a Palavra de Deus foi ouvida, a escuta a partir do Espírito Santo foi feita, assim como a partilha das riquezas e pobrezas de nossas comunidades em todos os continentes, procurando discernir aquilo que o Espírito Santo quer dizer à Igreja hoje.
A escuta de todos
“A Igreja precisa de escutar os leigos, mulheres e homens, todos chamados à santidade em virtude da sua vocação batismal: o testemunho dos catequistas, que em muitas situações são os primeiros anunciadores do Evangelho; a simplicidade e a vivacidade das crianças, o entusiasmo dos jovens, as suas interrogações e as suas chamadas; os sonhos dos idosos, a sua sabedoria e a sua memória”, escreveram os participantes da Assembleia Ordinária do Sínodo dos bispos.
Dioceses de todo o mundo são chamadas a refletir sobre o documento de síntese publicado em outubro passado, a promover novas consultas e a preparar contribuições para o trabalho do próximo ano. Os cardeais Mario Grech (secretário-geral) e Jean-Claude Hollerich (relator geral) enviaram um documento para os bispos em todo o mundo com essas orientações a partir da experiência vivida no mês de outubro deste ano.
O objetivo é identificar os caminhos a seguir e os instrumentos a adotar para “valorizar a originalidade de cada batizado e de cada Igreja na missão única de anunciar o Senhor ressuscitado e o seu Evangelho”. Agora terá início o desenvolvimento de um relatório de síntese também enviado para as Igrejas.
“Quais modos de relacionamento, estruturas, processos de discernimento e tomada de decisão com relação à missão permitem que ela seja reconhecida, moldada e promovida?”, esta é uma das perguntas para o desenvolvimento dessa síntese.
Após recolher as contribuições das dioceses, as Conferências Episcopais têm a tarefa de redigir uma síntese de um máximo de oito páginas, e de enviar à Secretaria Geral do Sínodo até 15 de maio de 2024.
Com base no material assim recolhido, será redigido o “Instrumentum laboris”. As Igrejas locais também são convidadas a “examinar todo o relatório de síntese e recolher as solicitações” mais condizentes com sua situação. Com base nisso, “poderão promover as iniciativas mais adequadas para envolver todo o Povo de Deus (atividades formativas, estudos teológicos aprofundados, celebrações em estilo sinodal, consultas de base, escuta das populações minoritárias e dos grupos que vivem em condições de pobreza e de marginalidade social, espaços para abordar questões controversas, etc.)”.
Arquivo A aborda o Sínodo dos Bispos
Fonte: Vatican News
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