Pela primeira vez na história da Igreja, uma família inteira foi beatificada no mesmo dia. A cerimônia foi realizada no último domingo (10), na região de Markowa, Polônia. Leia MaisFrei Galvão: 16 anos de canonização do primeiro santo brasileiroQual a diferença entre beatificação e canonização?
Por esse motivo, o Papa Francisco recordou no Angelus de ontem (10), o casal Józef Ulma, Wiktoria Ulma e seus 7 filhos, mártires que viveram como verdadeiros cristãos, por meio da prática diária do Evangelho.
"Seguindo o exemplo deles, sintamo-nos chamados a opor à força das armas aquela da caridade, à retórica da violência a tenacidade da oração. Façamos isso especialmente por tantos países que sofrem por causa da guerra; de modo especial, intensifiquemos nossa oração pela martirizada Ucrânia [...]", afirmou Francisco.
A família Ulma é conhecida também como os "samaritanos de Markowa". Eles são assim chamados, pois, a exemplo do Bom Samaritano, deixaram-se mover pelo mandamento do amor e teriam sido massacrados, depois de abrigar oito judeus no decorrer da Segunda Guerra Mundial.
“Um exemplo de coragem, fé e sobretudo amor ao próximo; uma caridade que não conhece limites, capaz de abalar até o mais duro dos corações”, afirmou ao Vatican News, o postulador da Causa de Beatificação e sacerdote da Arquidiocese de Przemyśl dos Latinos, Padre Witold Burda.
A nota introdutória do decreto de beatificação, disponível somente em italiano no site oficial do Dicastério para as Causas dos Santos, narra o seguinte:
“Veneráveis Servos de Deus Józef e Wiktoria Ulma e seus sete filhos († 24 de março de 1944). Um casal leigo com sete filhos, assassinado por ódio à sua fé em 24 de março de 1944, que, embora ciente dos riscos e dificuldades financeiras, escondeu uma família judia em sua casa por um ano e meio. Quando descobertos, todos foram assassinados, incluindo a criança no ventre de Wiktoria”.
Intercessão e devoção na Polônia
O assassinato da família é considerado pelo povo polonês como um martírio. E ‘milagres’ fazem parte dos relatos que contribuem para a popularidade dos “Ulma”.
"Muitos anos atrás, um amigo de Józef adoeceu e a caminho do túmulo da família Ulma pediu a intercessão deles para que fosse curado", contou o postulador da causa.
Em 2016 foi inaugurado em Markowa um museu em homenagem aos poloneses que salvaram judeus durante a Segunda Guerra, cujo nome é dedicado à família. O local já recebeu a visita de aproximadamente 50 mil pessoas.
"Convido todos os casais e famílias a invocarem a intercessão dos Ulma", concluiu o postulador, "para que, como os servos de Deus, eles também possam seguir o caminho do amor, baseando seu caminho na fé e na presença real de Cristo em suas vidas".
Fonte: Vatican News e Aleteia
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