Por Redação A12 Em Evangelhos Atualizada em 09 SET 2020 - 14H23

Evangelho em Libras - 24º Domingo do Tempo Comum – Ano A

Reflexão: Padre Luiz Camilo Jr - C.Ss.R.
Intérprete: Kiara Maria Socuta Quintanilha


(Mt 18,21-35)

Naquele tempo, Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: “Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?”

Jesus respondeu: “não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. Porque o reino dos céus é como um rei que resolveu acertar as contas com seus empregados quando começou o acerto, levaram-lhe um que lhe devia uma enorme fortuna. Como o empregado não tivesse com que pagar, o patrão mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher e os filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a dívida".

O empregado, porém, caiu aos pés do patrão e, prostrado, suplicava: ‘dá-me um prazo, e eu te pagarei tudo!’ diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o empregado e perdoou-lhe a dívida.

Ao sair dali, aquele empregado encontrou um de seus companheiros que lhe devia apenas cem moedas. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘paga o que me deves’.

O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava: ‘dá-me um prazo, e eu te pagarei!’ mas o empregado não quis saber disso. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que devia.

Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muito tristes, procuraram o patrão e lhe contaram tudo. Então o patrão mandou chamá-lo e lhe disse: ‘empregado perverso, eu te perdoei toda a tua dívida, porque tu me suplicaste. Não devias tu também ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?’

O patrão indignou-se e mandou entregar aquele empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida.

É assim que o meu pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor!

Reflexão

O Evangelho deste domingo traz um dos temas mais caros ao cristianismo: o perdão. Jesus fala do perdão total, completo, não importando a quantidade de vezes que nosso irmão tenha nos ofendido.

Poderíamos nos perguntar: por que perdoar sempre? Porque o perdão é o único caminho para obter a paz e construir a paz. Pois viver o perdão é o que nos propomos quando rezamos o pai-nosso: “perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”. Rezando assim, colocamos uma condição para Deus, de que ele nos perdoe como nós perdoamos.

Deus tem compaixão de nós, porque é infinitamente misericordioso. Ele tem compaixão do pecador arrependido, como nos mostra o evangelho, mas deseja que façamos o mesmo com nosso semelhante. O perdão de Deus recebido deve ser o perdão ao outro oferecido. Se assim agíssemos, teríamos um mundo onde reinaria a paz e o amor, pois o perdão nos leva a vencer o ciclo da violência e da maldade, o perdão faz o amor vencer.

Porém, mesmo recebendo sempre o perdão de Deus, nem sempre somos capazes de perdoar, como ensina a parábola do Evangelho. Nesta parábola, Jesus ensina a perdoar sempre, pois o perdão é a essência dos seus ensinamentos. Pedro pergunta para Jesus se deveria perdoar até sete vezes se o irmão pecasse contra ele. O número sete na bíblia tem um significado simbólico de plenitude, totalidade, ou seja, se deve perdoar sempre. Jesus diz que não se deve perdoar apenas sete vezes, mas setenta vezes sete vezes, sempre, perdoar sempre. Jesus quer nos ensinar que não há limites para o perdão, pois há limites para o amor. E o perdão não se mede apenas pela quantidade de vezes, mas sim pela profundidade com que se perdoa.

A imagem do rei que resolveu acertar contas com seus empregados. O rei se demonstrou misericordioso perdoando uma grande dívida do seu empregado, mas este não foi capaz de perdoar uma pequena divida do seu amigo. Deus nos perdoa e espera que façamos o mesmo para com nossos semelhantes. Mas o que ocorre muitas vezes é que mesmo recebendo o perdão de Deus por um pecado grande que cometemos, não temos um coração capaz de perdoar o nosso próximo, mesmo que o que ele fez tenha sido totalmente insignificante.

Quantos são os que acabam de sair do confessionário, aliviados pelo perdão recebido de Deus, mas não estão dispostos, não se esforçam e nem mesmo quererem perdoar seu semelhante. Agir assim é ferir a comunidade e não valorizar a bondade de Deus.

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