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São Carlos Lwanga e a presença da Igreja católica em Uganda

Testemunho de fé e inspiração para os jovens

Escrito por Redação A12

03 JUN 2024 - 13H55 (Atualizada em 07 JUN 2024 - 10H12)

Franciscanos

A presença da Igreja Católica em Uganda começou em 1879, com a chegada dos Missionários da África, conhecidos como Padres Brancos. Entre 1885 e 1887, houve uma grande perseguição e martírio de católicos e anglicanos. O primeiro bispo africano foi nomeado apenas em 1939.

Durante a ditadura de Idi Amin Dada (1971–1979), o país enfrentou duras dificuldades, incluindo a epidemia de AIDS. A Igreja Católica teve um papel fundamental na luta pela saúde e pela paz ao lado do povo. O Papa São Paulo VI visitou Uganda em agosto de 1969, o Papa São João Paulo II em fevereiro de 1993, e o Papa Francisco de 27 a 29 de novembro de 2015.

Atualmente, a Igreja Católica em Uganda é organizada em quatro arquidioceses, quinze dioceses e um ordinariato militar, totalizando vinte grupos eclesiásticos. O país conta com 508 paróquias e 7.156 centros de atendimento pastoral. Os 2.061 sacerdotes dedicam suas vidas ao evangelho de Cristo, servindo ao povo de Deus.

São Carlos Lwanga

São Carlos Lwanga, do clã Ngabi, foi atraído pelas palavras do Evangelho ainda jovem e se converteu ao Cristianismo em 1885. Logo após, foi convocado pelo tribunal para ser prefeito da sala real. Desde o início, sua fé serviu de referência e apoio para muitos ao seu redor.

A catequese se espalhou, alcançando até os pajens da corte do rei. Porém, com a ascensão do rei Muanga em 1886, houve uma tentativa de erradicar a presença cristã em Uganda. Um dos pajens, Dionísio, de apenas dezessete anos, foi pego ensinando religião e foi brutalmente assassinado pelo rei Muanga.

Carlos Lwanga, preocupado, reuniu os pajens, rezou com eles e batizou os que ainda não eram batizados, preparando-os para um possível martírio. Nenhum deles, incluindo jovens de treze a vinte anos, renegou sua fé. Eles foram encarcerados na prisão em Namugongo, a setenta quilômetros da capital, Kampala.

Em 3 de junho de 1886, os vinte e dois mártires, incluindo Carlos Lwanga, foram cruelmente executados. Carlos foi queimado vivo, mas nenhum dos jovens renegou sua fé, mesmo diante da morte.

Os vinte e dois mártires de Uganda foram beatificados em 1920. Carlos Lwanga foi declarado “Padroeiro da Juventude Africana” em 1934. Em 1964, o Papa Paulo VI canonizou o grupo de mártires e, em 1969, consagrou o altar do santuário construído no local da prisão em Namugongo, onde Carlos Lwanga e seus companheiros aguardaram com fé sua hora de testemunhar por Cristo.

Fonte: Vatican News / Franciscanos / Consolata América

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