A Caxemira é um território localizado entre Índia, Paquistão e China, fazendo ainda fronteira com o Afeganistão. Sua área de aproximadamente 222 mil km² (Quase o tamanho do estado de São Paulo), é dividida entre os três países, mas o território é totalmente reivindicado pela Índia e Paquistão.
Sua população de aproximadamente 20 milhões de habitantes é dividida com 14,5 milhões em território da Índia, 6 milhões no Paquistão e mais alguns milhares em território da China.
A disputa pelo território é antiga, vindo desde 1947, porém, volta e meia o conflito retorna com força, gerando grande preocupação em todo mundo. É o que agora está acontecendo. Além dos bombardeios com mísseis e artilharia, soldados dos dois países se enfrentam nos limites do território que está sendo disputado. A preocupação cresce porque os dois países são possuidores de artefatos nucleares.
As disputas sobre a região começaram com o processo de independência das duas nações que deixaram o domínio britânico em 1947, mas as fronteiras entre os países não ficaram bem definidas, uma vez que anteriormente faziam parte de um mesmo território. Com a dissolução da Índia Britânica, a independência do Paquistão e da própria China, teve início a disputa por novos territórios e dentre eles está, justamente, a Caxemira.
O território situado ao sul é controlado pela Índia, enquanto o Paquistão administra a parte do oeste e do norte. E para complicar a situação existe a presença da China que exerce poder sobre o leste da Caxemira.
Sendo uma área em conflito e disputada por países distintos, a Caxemira não possui nem mesmo uma bandeira oficial. Cada uma das regiões está sob o governo de um dos países que a reivindica, e, por isso, existem duas bandeiras que representam a Caxemira.
O conflito tem motivação territorial e também religiosa, uma vez que o território da Caxemira tem grande importância geográfica, pois além de ser a fronteira entre os dois países, por ele passa os rios Ganges e Indo que são essenciais para toda a Ásia. A relevância hidrográfica da região gera um conflito econômico pelo fato desses rios serem meios de geração de energia, sendo usados também para irrigação e navegação.
A região com um histórico de mais de sete décadas de conflito é das mais instáveis do mundo, com uma presença militar muito forte. Calcula-se que mais de 01 milhão de soldados com muitos equipamentos estejam instalados na região. Localizado no Himalaia e fazendo fronteira com potências nucleares (Índia, Paquistão e China), o território é uma ferida aberta por rivalidades regionais, religiosas e disputas territoriais não resolvidas.
A guerra começou logo após a independência, acontecendo em três momentos diferentes: 1947, 1965 e 1971. A primeira guerra entre a Índia e o Paquistão terminou com a ação das Nações Unidas, que conseguiram o cessar-fogo, mas debaixo da calmaria ainda havia muita agitação.
Em 1949, Índia e Paquistão realizaram, pela primeira vez, uma divisão administrativa da região, traçando uma linha de controle. Mas novamente vieram as guerras de 1965 e 1971 e a Índia conseguiu dominar a maior parte da Caxemira, justamente a mais produtiva, valiosa e populosa, situação que não é aceita pelo Paquistão.
Na região também acontece uma forte atuação de movimentos separatistas e de organizações classificadas como terroristas por defenderem a incorporação da área de Jamu e Caxemira ao Paquistão.
Além das disputas entre Índia e Paquistão, em 1962, Índia e China também competiram pelo território. Com a vitória chinesa, a parte leste da região caiu em suas mãos. Esse conflito demonstrou o poder e os interesses da China, inaugurando sua entrada oficial na disputa sobre o território da Caxemira.
Nos últimos anos, a China expandiu sua presença militar na área disputada e construiu um Corredor Econômico com rodovia que liga China e Paquistão, um dos maiores investimentos em infraestrutura já realizados por Pequim no exterior.
O Paquistão sustenta que a Caxemira, com sua maioria muçulmana, deveria ter se tornado parte do seu território na época da divisão. A Índia, por outro lado, afirma que um documento assinado em 1947 torna legítima e definitiva sua reivindicação sobre o território.

Paralelo aos conflitos por território existem também os conflitos internos que possuem uma marca religiosa. A Caxemira possui uma população de maioria muçulmana, mas a maior parte de seu território é comandada pela Índia, onde predomina a religião hindu, situação que contribui para que o conflito se intensifique ainda mais.
Com a transformação dos dois países durante o século XX em potências nucleares, iniciou-se uma nova relação no século XXI. Em 2003, um cessar-fogo foi declarado, no entanto, uma sequência de ataques mútuos ocorreu no início de 2019, quebrando o protocolo. E agora em 2025, a mesma situação se repete.
Alternando momentos diplomáticos ou de hostilidade de ambos os lados, ainda é difícil conceber um fim para a longa disputa.
Diante disso, o mundo pergunta qual seria a solução para o conflito que já dura décadas? A pacificação deveria passar pela independência da Caxemira, com a saída das 03 potências, num acordo mediado pelas Nações Unidas.
O futuro de mais paz depende no presente de como a Índia e o Paquistão gerenciarão as consequências diplomáticas e militares das ofensivas militares realizadas nas últimas semanas.
Analistas afirmam, contudo, que a situação pode continuar perigosamente instável, com ambos os governos sob intensa pressão, especialmente após os ataques mortais realizados e o aumento do nacionalismo nos países envolvidos.
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