Em um discurso durante o 34º Comitê Permanente de Programas e Finanças das Organizações Internacionais para as Migrações, na última quinta-feira (13), o Arcebispo Ettore Balestrero, Observador Permanente da Santa Sé junto à ONU, enfatizou o vínculo direto entre a crise climática e o deslocamento forçado de milhões de pessoas. Ele alertou que a mudança climática não é uma noção abstrata, mas uma realidade devastadora para milhões de indivíduos.
Dom Balestrero lembrou que, em 2022, cerca de 33 milhões de pessoas foram desalojadas por desastres naturais, e em 2023 esse número foi de mais de 26 milhões. “Nunca devemos esquecer que, por trás das estatísticas, há pessoas reais cujas vidas estão em perigo”, declarou o núncio, reforçando as palavras do Papa Francisco e o compromisso da Santa Sé com uma “ecologia integral”.
A relevância do discurso da Santa Sé vem de encontro com a tragédia recente no Rio Grande do Sul, onde enchentes resultaram na morte de 176 pessoas, com 39 ainda desaparecidas.
Estes são dados recentes divulgados pela Defesa Civil gaúcha na sexta-feira (14). Atualmente,10.793 pessoas estão desabrigadas e 422.753 foram desalojadas temporariamente. Este desastre causa um impacto financeiro que já ultrapassa os 12,2 bilhões de reais, destacando a urgência de abordagens eficazes para adaptação às mudanças climáticas.
O dia 17 de junho marca o Dia Mundial de Combate à Seca e à Desertificação, estabelecido pela ONU em 1994. Todos são convidados a compreender as emergências climáticas que provocam a desertificação em diversas regiões do mundo. A convenção da ONU destaca principalmente os países africanos, mas a crise também afeta seriamente o Brasil, especialmente o semiárido nordestino.
Leia MaisIgreja caminha rumo à Conferência do Clima, no Pará em 2025Como a Igreja Católica está atuando para combater a crise climática? Nos últimos dez anos, metade da Caatinga, o único bioma exclusivamente brasileiro, foi devastada pela seca e desmatamento, um território equivalente ao tamanho de Portugal. A desertificação não só torna a terra improdutiva, mas também ameaça a biodiversidade, colocando em risco os bancos genéticos e o futuro das próximas gerações.
Pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) indicam que existem estratégias para combater a desertificação e regenerar áreas degradadas. Entre essas estão a recuperação de matas ciliares, o reflorestamento e a implementação de sistemas agroflorestais. Essas ações são fundamentais para aumentar a resiliência das comunidades e preservar o meio ambiente.
Em um dia marcado pela reflexão sobre os impactos das mudanças climáticas, é essencial reconhecer que cada estatística representa uma vida afetada. Através de uma “ecologia integral” e de esforços globais e locais, busquemos enfrentar esses desafios e construir um futuro mais seguro e sustentável.
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