Um iminente conflito na fronteira norte do Brasil, com a possível invasão do país pela Venezuela, que deseja a posse de Essequibo, território de 160 mil km², com uma população de mais ou menos 125 mil habitantes, fez aparecer nos noticiários de todo mundo a realidade da Guiana, um dos países mais pobres e menos conhecidos do mundo. Leia MaisA origem do conflito entre Israel e os palestinosConheça a língua universal contra os conflitos
O Governo de Nicolás Maduro convocou, inclusive, um referendo para o último domingo, dia 03 de dezembro, buscando reafirmar os seus direitos sobre o território que está em disputa desde o final do século XIX.
A Venezuela alega que o tratado de 1962, que regulou a divisão da área dos dois países sofre de várias irregularidades e que por direito o território é seu.
Um país desconhecido e pobre
A Guiana, país localizado na costa do Atlântico Norte, é marcada por sua densa floresta tropical, sendo culturalmente mais vinculado à região caribenha. Sua capital, Georgetown, é conhecida pela arquitetura colonial britânica, representada pela catedral anglicana de São Jorge, toda revestida de madeira pintada.
Localizada na fronteira entre Brasil, Venezuela e Suriname, a Guiana é um dos menores e menos populosos países da América do Sul, mas ainda assim, sua população de quase 800 mil pessoas, das quais quase metade vive na capital, forma um imenso xadrez étnico e cultural.
O nome Guiana significa “terra das muitas águas” na língua indígena, e a região conquistou sua independência do Reino Unido em 1966.
Cerca de 70% de seu território é coberto pela floresta amazônica e sua economia é quase totalmente baseada no setor primário, com produtos agrícolas e grandes reservas de bauxita, que até agora era um de seus principais produtos de exportação.
Razões do conflito
O conflito da Venezuela com a Guiana pela posse do território de Essequibo, acontece desde o final do século XIX. Ela alega que o território lhe foi tirado em 1899 de forma irregular e, de lá para cá, a disputa tem passado por vários desdobramentos.
Na verdade, todos se perguntam quais seriam as razões pelas quais a Venezuela reivindica a posse da região e porque ameaça, inclusive, de recorrer à força, invadindo o país vizinho.
A área reivindicada pela Venezuela está localizada a oeste do rio Essequibo que dá o nome à região e, embora seja um território majoritariamente coberto por uma selva praticamente impenetrável, é ao mesmo tempo próspero e rico em recursos naturais e minerais, com uma flora e fauna variadas. Em 2015, a multinacional ExxonMobil divulgou ter encontrado petróleo na costa da Guiana.
Além do mais, a área tem um grande potencial agrícola, possuindo ainda vastas reservas de diamantes, ouro e bauxita.
Por outro lado, devido aos conflitos internos, com o descontentamento da população, certos líderes populistas, como é o caso de Nícolas Maduro, envolvem o país em conflitos externos como forma de tirar a atenção da população dos verdadeiros problemas e desafios do país.
Isso aconteceu no passado com a Argentina, por exemplo, onde os militares que dominavam o país resolveram provocar a Guerra das Malvinas, para despertar o patriotismo da nação, tirando a atenção da real situação do país. E se deram mal!
O governo brasileiro que deseja a solução pacifica da disputa, não querendo uma guerra na proximidade de suas fronteiras, afirmou que o referendo é uma questão interna da Venezuela, mas por vias de dúvidas já está reforçando a presença de militares na fronteira com os dois países.
A Corte Internacional de Justiça, que tem sede em Haia, determinou que a Venezuela não tome nenhuma ação agressiva contra o vizinho, e alertou para "sério risco" de invasão.
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