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Você sabia que o Vaticano tem um Observatório Astronômico?

Um dos mais antigos centros de pesquisa científica do mundo tem novo diretor nomeado pelo Papa Leão XIV

Escrito por Ronaldo Casarin

01 AGO 2025 - 15H29 (Atualizada em 01 AGO 2025 - 16H53)

Reprodução/Vatican Media

Na última quinta-feira (31), o Papa oficializou a nomeação do novo diretor da Specola Vaticana, um dos mais antigos observatórios astronômicos e centros de pesquisa científica do mundo.

O padre jesuíta indiano Richard Anthony D'Souza, S.J., de 47 anos, que já atuava no Observatório, assume a liderança geral da instituição a partir de 19 de setembro.

Natural de Goa, na Índia, criado em uma família cristã, o novo diretor é doutor pelo Instituto Max Planck de Munique e estudos realizados na Universidade de Michigan. O religioso substitui o irmão Guy Consolmagno, que estava à frente do Observatório desde 2015.

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A história do Observatório Astronômico

Quando colocada em perspectiva histórica, a astronomia nem sempre esteve alinhada à Igreja Católica. Um dos episódios mais famosos envolve Galileu GalileiNo século XVII, o astrônomo italiano foi confrontado por defender que era a Terra que girava em torno do Sol.

Sua tese foi tomada como uma afronta, ao dizer que a Terra, criação suprema de Deus, não era o centro do universo. Seus julgadores o condenaram à prisão domiciliar e o obrigaram a renunciar publicamente à teoria heliocêntrica.

Essa passagem só teve sua reparação oficial em 1992, quando a Igreja desculpou-se pelo julgamento equivocado de Galilei.

Curiosamente, o interesse pela astronomia surgiu dentro da Igreja ainda no século XVI, antes da história envolvendo Galileu Galilei. No pontificado de Gregório XIII, o santo padre encomendou estudos que resultaram, em 1582, na troca do calendário juliano pelo gregoriano, versão que utilizamos até os dias de hoje.

.:: LEIA MAIS: Três fatos da Igreja que a ciência não explica

O Observatório Astronômico Vaticano foi criado em 1891, como uma forma de resposta do papa Leão XIII às acusações de que a Igreja seria inimiga da ciência.

Originalmente, o centro de observação ficava atrás da Basílica de São Pedro. No entanto, com o crescimento de Roma, as luzes da cidade foram dificultando a observação das estrelas menos brilhantes.

Nos anos 1930, Pio XI decidiu transferir a instituição para o Castelo Gandolfo, residência de verão dos papas. O centro de pesquisas propriamente dito está localizado no interior do estado do Arizona, nos Estados Unidos, em uma instalação inaugurada em 1981, no pontificado de João Paulo II.

Reprodução/Vatican Media Reprodução/Vatican Media Observatório Astronômico no Castelo Gandolfo


Nos trabalhos científicos do observatório, o Vaticano não faz nenhum tipo de interferência. A escolha dos diretores, na prática, não precisa do aval do Papa. Os padres astrônomos publicam estudos nas mais prestigiadas publicações científicas do mundo.

Por isso, a instituição é respeitada internacionalmente, mantendo inclusive acordos de cooperação com a Nasa, a agência espacial dos EUA.

A principal torre da unidade americana exibe uma placa de bronze que recomenda aos pesquisadores, em latim, 'estudar as estrelas, no mais distante espaço, com a ajuda de Deus'.

O Papa Leão XIV fez uma visita no último dia 20 de julho ao Observatório Astronômico, por conta da celebração do aniversário do pouso na Lua, em 1969.

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