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8 de julho, Dia do Padeiro: os pães na vida cristã

Listamos alguns fatos sobre o alimento mais consumido do mundo, que tem muito significado para nossa fé

Escrito por Alberto Andrade

07 JUL 2022 - 16H18 (Atualizada em 08 JUL 2022 - 08H46)

Reprodução - Internet

Neste dia 8 de julho são homenageados os profissionais que se dedicam a produzir uma delícia popular milenar: o pão! O alimento que hoje é tido como o mais popular do mundo, tem sua origem apontada para a Mesopotâmia, há cerca de seis mil anos.

Leia MaisSão Clemente, o santo padroeiro dos padeirosApós várias etapas no desenvolvimento de fermentação do alimento, na Idade Média surgiu a figura do padeiro, que aos poucos foi se organizando em corporações, controlando o processo de produção do alimento e gozando de prestígio nas cortes.

No Brasil, para ser um panificador, é preciso fazer um curso técnico de panificação e confeitaria e, literalmente, colocar a mão na massa.

Mesmo em tempos de crise, o brasileiro não abre mão do consumo de seu querido pãozinho. De acordo com pesquisa realizada pela Consultoria Kantar, o alimento marca presença em 98,7% dos lares.

Elementos cristãos ligados ao pão

Em primeiro lugar, sempre ligamos o alimento ao Corpo de Cristo, pois no sexto capitulo do Evangelho de São João, é narrado que entre os grandes sinais que nos levam à fé, está o Pão da Vida. Primeiro, Cristo fez o milagre da multiplicação dos pães. É a explicação do que vai ensinar. O ponto de partida é "crer Naquele que Deus enviou”. A prova que Deus O enviou é o Pão do Céu.

Moisés deu o maná. Jesus afirma:

"Eu sou o Pão do Céu. Quem crê, tem a vida eterna. Cremos em Jesus, que é o Pão do Céu. Quem come deste Pão tem a vida eterna. O Pão é sua carne dada para a vida do mundo. Na Ceia Jesus toma o pão e diz: Isto é o meu corpo... Tomando o cálice de vinho, diz: Isto é meu sangue(Mt 26, 26-29).

O Padre Fernando Sampaio, da Catedral de São Miguel, em Piquete (SP), nos fala que o pão e vinho eram alimentos comuns naquele tempo em que o Mestre caminhou entre nós e formou a sua Igreja.

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O pão e o milagre

O Dia do Padeiro ou do Panificador é comemorado em 8 de julho, data atribuída ao milagre de Santa Isabel de Portugal, na ocasião Rainha Isabel de Aragão.

No ano de 1333, em Portugal, houve uma fome terrível, durante a qual nem os ricos eram poupados. Reinava, então, Dom Dinis I, casado com Dona Isabel de Aragão, uma rainha cheia de virtudes. 

Para ajudar o povo necessitado, a rainha vendia suas joias para abastecer o celeiro real, e assim, continuar a doar pães aos pobres durante as crises. 

Certa vez, ela estava levando pães enrolados em seu avental quando foi abordada pelo marido, que desaprovava as doações que a rainha fazia.

A rainha respondeu que levava rosas. O rei não acreditou e pediu que Isabel revelasse o conteúdo misterioso. Ao abrir o avental, várias rosas caíram ao chão e os súditos presentes (que iam receber os pães) começaram a gritar: “Milagre! Milagre”.

Divulgação
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Redentorista é padroeiro dos padeiros

São Clemente Maria Hofbauer, que ao lado de Santo Afonso Maria de Ligório foi um dos grandes responsáveis para a expansão da Congregação Redentorista fora da Itália, foi padeiro aos 18 anos de idade e passou por três lugares, entre estes o convento dos Monges Brancos de Bruck.

As aptidões que o jovem Clemente adquiriu como aprendiz de padeiro na cidade de Znaim, na República Tcheca, foram, em forma de semente, as mesmas capacidades que ele utilizou ao longo de sua vida, em diversos ambientes pastorais, comunitários e políticos.

Por isso, o Papa Pio X, em 1909, cinco anos depois de tê-lo canonizado, que proclamou São Clemente Maria Hofbauer o Padroeiro de Viena e também dos Padeiros, como uma forma de lembrança de sua profissão exercida na juventude.

Ação Social do Santuário através do pão

O Santuário Nacional de Aparecida tem vários projetos sociais, alguns focados exclusivamente para inserir os jovens no mercado de trabalhoNo programa A12 Conecta, no YouTube do Aparecida Ao Vivo, o jornalista Mario Pereira visitou o projeto Mãos na Massa.

Esse projeto atende jovens de 14 a 18 anos, e aborda conhecimento teórico e prático para a construção das competências necessárias para exercer a profissão de padeiro e confeiteiro.

Anthony Campos, professor do Projeto Mãos na Massa, contou como é a rotina no curso:

“Nós temos as aulas práticas e teóricas. Nós passamos primeiro aqui pela Casa do Pequeno, aprendendo toda a parte teórica sobre pães, massas, doces e confeitaria; e depois nós vamos até a Casa do Pão para fazer a parte prática, que é a parte que mais envolve os alunos. A parte que a gente aprende cálculos e, não só isso, mas também a parte comportamental, como se comportar perante o trabalho, tudo isso aí está incluso dentro do projeto”.


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