Na última quarta-feira (23), foi aprovada a atualização do Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil, o Documento 99 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, presidente da Comissão, disse que esse material não é um novo diretório, mas o mesmo documento aprovado em 2014, com as atualizações necessárias.

Dentre as melhorias no documento estão listadas:

• Incluir o magistério do Papa Francisco sobre comunicação.
• Abordar novos elementos sobre a dinâmica de comunicação na atualidade, especialmente no que tange à comunicação digital.
• Situar melhor a comunicação como uma realidade estratégica no processo de evangelização, e não apenas como ferramenta.
• Ajustar e harmonizar a linguagem, evitando contradições entre termos, parágrafos e assim por diante.

Pascom Brasil

O atual coordenador do Grecom, Moisés Sbardelotto enfatizou o “esforço de qualificar e atualizar o Diretório”, considerando que a comunicação é um processo muito rápido e dinâmico.

Além do magistério do Papa, ele apontou como contribuições as reflexões sobre fenômenos atuais, o período da pandemia, os aspectos negativos do ambiente digital, a desinformação, problemas novos que surgiram na última década e a necessidade do diretório apontar luzes também do ponto de vista pastoral.

Após contribuições em alguns pontos do texto, realizadas pelos bispos, o documento foi aprovado, sem ressalvas nem votos contrários.

Jiro Cristino/Shutterstock

Reconstrução da democracia

Além da atualização do Diretório de Comunicação, outro ponto abordado foi uma análise da conjuntura política e social, com um material chamado “A salvaguarda da democracia e os novos enfrentamentos do porvir”.

Foi realizada uma “tomografia da realidade brasileira” a partir do resultado das eleições deste ano, contexto marcado pelas fake news, a contestação da segurança do voto eletrônico e a escalada da violência, e também como será o novo governo.

Em 2023, com as áreas da saúde e da educação com o menor orçamento dos últimos 20 anos e desafios como déficit projetado em 63,7 bilhões de reais e o crescimento das desigualdades, a análise ainda indicou o papel da Igreja em colaborar permanentemente na promoção de um mundo digno e em que reinem a justiça e a paz, acessíveis para todos.

Ensino religioso no Brasil

No período da tarde, aconteceu a segunda sessão da reunião do Conselho Permanente, quando foi apresentado aos bispos pelo Setor Ensino Religioso da Comissão Episcopal para a Cultura e a Educação da CNBB o estudo: “Ensino Religioso: fundamentos e métodos”.

O documento é organizado em três capítulos (história e pressupostos, modelos de ensino religioso e formação de professores). Ele ainda será apreciado pelos bispos e será colocado para aprovação na reunião do Conselho Permanente de março de 2023.

Giro A12 abordou o papel da evangelização nos meios digitais

Fonte: CNBB