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Católicos já têm um streaming para chamar de seu

Empresa de streaming brasileira já é a maior da América Latina com conteúdo voltado 100% ao público católico.

Escrito por Eduardo Gois

28 SET 2021 - 14H44 (Atualizada em 28 SET 2021 - 15H35)

Shutterstock

O jeito de consumir conteúdo e comunicação tem se modificado desde que a humanidade entendeu que a tecnologia ajuda a romper barreiras, padrões e desenvolver novos meios.

Ao longo da história, saiu-se unicamente dos livros e deu-se espaço para a imprensa e os jornais. Depois, com a popularização do rádio, as pessoas passaram a desenvolver melhor a ideia de ouvinte ou espectador. Consequentemente, com o fenômeno da televisão no século 20, pode-se observar que consumir conteúdo em telas era um caminho sem volta, mesmo que as primeiras ainda pudessem ser em preto e branco e monitores de tubo.

Mas o século 21 trouxe a maior revolução, que foi a democratização da internet e a mudança de hábitos. É notório o avanço das empresas de streaming em todo mundo na última década.

Netflix, Globoplay, Disney +, Prime Vídeo, HBO Max - e tantas outras plataformas que começam a surgir - já estão nas casas e nas telas de milhões de pessoas em todo mundo, agora com a diferença de que uma tela pode ser a TV, o smartphone ou um computador. Possibilidades são muitas; os segmentos, diversos. E até mesmo o público católico já têm se beneficiado.

Como exemplo, podemos trazer a Lumine. Brasileira, a empresa de streaming já é a maior da América Latina com conteúdo voltado 100% ao público católico. O A12 conversou com o fundador e CEO, Matheus Bazzo Malgarise. Ele tirou dúvidas sobre o assunto, falou sobre a plataforma e opinou sobre o setor.

Comunicação / Lumine
Comunicação / Lumine
Matheus enxerga potencial em universo ainda pouco explorado


A12 - Como nasceu a Lumine? É uma plataforma com origem no Brasil?

Matheus Bazzo Malgarise - A Lumine nasceu a partir de um mosteiro católico. Fizemos nossa primeira produção original para o público católico e cristão, registrando a vida monástica de um grupo de monges no interior do Rio Grande do Sul. Esse conteúdo se tornou uma série em três episódios, chamada Filhos de Cister. Quando divulgamos, notamos que o público tinha muito interesse por temas relevantes e profundos em filmes e séries. Cerca de seis meses depois dessa experiência, nós estávamos lançando uma plataforma com mais conteúdos licenciados e outras produções originais. A série Filhos de Cister foi nosso primeiro conteúdo original e, a partir dele, começamos a plataforma.

A12 - O que o público católico pode consumir na Lumine?

Matheus Bazzo - A plataforma tem quatro tipos de conteúdo: conteúdo original, conteúdo licenciado, conteúdo kids e uma área de imersão, com análises e explicações dos filmes. Ou seja, além de produzirmos filmes e séries originais, também selecionamos um catálogo de outros filmes que consideramos importantes e inspiradores para as famílias e também para as crianças. Quem quiser se aprofundar no conhecimento dos filmes, pode acessar a “Área de Imersão” – onde se encontram artigos, e-books e entrevistas para o aprofundamento.

Leia MaisAssista aos webdocumentários do A12 A12 - Como enxerga o mercado de produções audiovisuais voltados para o público católico e cristão no Brasil? É suficiente? Tem espaço e incentivo para crescer?

Matheus Bazzo - Creio que é um mercado bastante inexplorado. Temos um público cristão e católico muito grande, pois a maior parte dos brasileiros se denominam cristãos. Apesar disso, a quase totalidade das produções não aborda nenhum tema relevante para esse público, quando não é uma produção que agride e vai contra os valores que os católicos respeitam e amam.

A12 - Na sua opinião, qual o impacto do cinema na vida das pessoas atualmente?

Matheus Bazzo - O cinema tem um impacto muito grande na nossa formação individual. Essa é uma tendência natural do ser humano: desde a pré-história nós nos reunimos em volta do fogo para contar histórias. Desde a antiguidade clássica, nós vamos ao teatro para sermos impactados pelo drama dos deuses. Desde a fundação dos reinos e das cortes na Idade Média, nós ouvimos histórias sendo contadas sobre heróis e vilões. Com a tecnologia, esse impacto das histórias foi sendo cada vez mais amplificado. O rádio, o cinema, a televisão, tudo isso são amplificações da mesma tendência humana, de ouvir e ser impactado por histórias.

Com o cinema, esse impacto é amplificado mais intensamente. Basta perceber que o cinema é uma arte que une várias linguagens em uma mesma obra: temos fotografia, atuação, texto, figurino, música, etc. Tudo sintetizado em uma única obra. Ou seja, o cinema é uma arte cujo consumo impacta diretamente na forma como vemos e entendemos o mundo. Essa é, justamente, nossa preocupação: apresentar filmes e conteúdos que ampliem e aprofundem a compreensão do mundo e da grandeza do ser humano.

A12 - Em meio à concorrência secular como a Netflix, Globoplay, Prime Vídeo, Disney+ HBO Max e etc., como chegar a um público que já assina outras grandes plataformas. Há espaço para todos?

Matheus Bazzo - Acredito que existe espaço para todos, mas no caso da Lumine, nós temos uma atuação a parte dessas outras plataformas. Atendemos a um público católico e cristão que se preocupa com a beleza, a bondade e a verdade nas histórias. Temos um comprometimento com a qualidade formal das obras e com o impacto que elas têm na formação. Não apelamos para temas polêmicos, não procuramos incentivar o consumo desenfreado de conteúdos (o famoso finge watching). Não acho que nosso público se interessa muito pela maior parte dos conteúdos nas outras plataformas. Enquanto houver famílias procurando por bons conteúdos para inspirar a vida e a grandeza, haverá a Lumine oferendo uma alternativa.

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