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Dia da Terra, data para lembrarmos do cuidado com a Casa Comum

Escrito por Redação A12

22 ABR 2024 - 10H21 (Atualizada em 25 ABR 2024 - 15H29)

George Trumpeter / Shutterstock

Terminou no último domingo (21), a Aldeia pela Terra, evento organizado anualmente na Villa Borghese em Roma pelo Earth Day Itália e pelo Movimento dos Focolares, que durou quatro dias, reuniu mais de 300 associações que promoveram cerca de 600 iniciativas. O intuito do evento é enaltecer a urgência do trabalho em conjunto pelo bem da Casa Comum.

“A cada ano é um crescimento de emoções. Também estamos nos preparando para viver juntos o Jubileu. 2025 será o ano do Jubileu, e o que gostaríamos é que esta Aldeia se tornasse, acima de tudo, acolhedora e inclusiva em nossa cidade, para aqueles que querem vir e experimentar o que fazemos aqui”, explicou Antonia Testa, responsável dos Focolares em Roma. Leia MaisCampanha Laudato Si': A preocupação da Igreja com o meio ambienteDiálogos sobre Laudato Si e a espiritualidade ecológica ecumênica

Esse tipo de evento promove debates de ideias e vivências que quando compartilhadas podem ser ainda mais enriquecedoras para o bem comum. Foram quatro dias de atividades, que antecedem o dia da Terra, dia 22 de abril, mas que não devem se encerrar quando a data passa, pois o intuito é fazer com que vire rotina o cuidado com o meio ambiente.

Frei Paolo Braghini participou da Aldeia pela Terra e compartilhando sua experiência junto aos povos amazônicos que sofrem com a exploração indiscriminada da madeira e dos recursos naturais do subsolo, problemas que atingem não só os povos que vivem lá, mas todo o planeta.

Nós, frades capuchinhos, vivemos há anos junto com 4 povos indígenas, num território muito grande, no coração da Amazônia. Os problemas que enfrentamos diariamente são a diminuição dos peixes — principal alimento para eles; a diminuição da água — o rio está secando e no ano passado vivemos uma seca impressionante diminuindo inclusive as espécies de peixes e de animais, alterando o equilíbrio natural pela falta de água todos os dias; e a diminuição da madeira, não estamos em uma área de grande desmatamento, mas eles já invadem para extrair madeira ou até mesmo minerais, o que tem consequências muito sérias, pois a madeira preciosa para eles é a vida com a qual constroem a casa, a canoa para pescar”.

Ele ainda completou, falando sobre a relação dos povos originários com a natureza, um exemplo a ser seguido por todos.

“Os povos indígenas há milênios cuidam da natureza, sabendo que a natureza cuida deles, é realmente um receber e dar com o constante e diário com a natureza”.

Antonia contou que no evento de 2016, Papa Francisco fez uma visita surpresa à Aldeia pela Terra, e que na oportunidade ele “queria falar com suas próprias palavras, havia tantas pessoas ao seu redor que queriam ouvi-lo e ele queria fazer uma leitura do que estava à sua frente. Desde então nós também estamos tentando fazer isso, ou seja, ler os sinais dos tempos e fazer do Evangelho um desafio a ser abraçado hoje”.

Ela conta que os ensinamentos do santo padre ecoam até os dias atuais, como uma forma de exemplo a ser seguido, assim como todos os que participam da Aldeia.

“O Papa Francisco nos falou sobre perdão e gratuidade, e ainda hoje percebo o milagre de todas essas pessoas da Aldeia, que doam livremente o seu tempo e profissionalismo para um bem maior. Isso deve se tornar nossa rotina diária, não apenas durante esses dias do evento”.

Fonte: Vatican News

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