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Juízo Final de Michelangelo passará por restauração em 2026

Laboratório de conservação do patrimônio artístico do Vaticano planeja ação extraordinária na Capela Sistina e restauro completo da Loggia de Rafael

Escrito por Ronaldo Casarin

18 AGO 2025 - 11H41 (Atualizada em 18 AGO 2025 - 16H36)

Reprodução/Vatican Media

O Laboratório de Restauração de Pinturas e Materiais de Madeira dos Museus do Vaticano vai colocar em prática um grande projeto de manutenção no “Juízo Final” em 2026 e, antes disso, a restauração da “Loggia de Rafael”, dois importantes patrimônios artísticos da humanidade que pertencem ao complexo arquitetônico do Vaticano.

O anúncio foi feito por Paolo Violini, novo chefe do laboratório de restauros, que afirmou à imprensa oficial do Vaticano estar emocionado com a missão de trabalhar em nome dos “grandes” da história da arte.

Violini atua desde 1988 na pesquisa e conservação de obras-primas das coleções pontifícias. Iniciou a carreira nas Salas de Rafael, onde, como responsável de projetos, concluiu a restauração da Sala da Signatura em 2000 e da Sala de Eliodoro em 2012. Este ano, assumiu o posto de chefe geral do laboratório.

Reprodução/Vatican Media Reprodução/Vatican Media Paolo Violini, novo chefe do Laboratório de Restauração de Pinturas e Materiais de Madeira dos Museus Vaticanos

Manutenção extraordinária do Juízo Final

A partir de janeiro de 2026, os trabalhos do Laboratório de Restaurações deverá atrair a atenção do público de todo o mundo. É quando começam os trabalhos extraordinários de manutenção do “Juízo Final”, de Michelangelo.

A obra é um afresco de autoria do pintor renascentista Michelangelo Buonarroti, feito entre 1536 e 1541, sob encomenda do Papa Clemente VII. As pinturas se estendem por mais de 165 metros quadrados da Capela Sistina, um dos ambientes mais famosos e visitados do Vaticano.

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O trabalho vai complementar a manutenção que é feita anualmente. “Devemos terminar em março, liberando a parede antes do início da Semana Santa, prevê Violini.

Durante os três meses de trabalho, “serão erguidos andaimes que cobrirão toda a parede. Serão uma dúzia de plataformas de trabalho com um elevador que, para reduzir o tempo de trabalho e evitar obstruir a visão do público, nos permitirá trabalhar com até 10 a 12 pessoas simultaneamente e ter uma experiência de perto com a obra”, explica.

Reprodução/Vatican Media Reprodução/Vatican Media O Juízo Final na Capela Sistina

A importância do setor de restauros

A equipe de 26 restauradores do Laboratório de Pinturas do Vaticano terá uma série de trabalhos desafiadores nos próximos meses. Em alguns desses casos, a equipe do Vaticano conta com o auxílio de colegas externos, e todo o trabalho é coordenado por Paolo Violini.

“A força da equipe reside não apenas na paixão pelo ofício, mas também em um rico conhecimento consolidado de geração em geração. ‘Continuidade’ é talvez a palavra que melhor captura o segredo do profissionalismo dos trabalhadores das coleções pontifícias, comenta o chefe do laboratório.

Reprodução/Vatican Media Reprodução/Vatican Media Laboratório de Restauração de Pinturas e Materiais de Madeira dos Museus Vaticanos


O órgão responsável pelos restauros foi fundado em 1923, por Biagio Biagetti, mas a história da conservação no Vaticano tem origens ainda mais distantes. Elas começam ainda quando as obras estavam sob a jurisdição dos artistas da Academia de São Lucas, no século XIX.

Essa história de dedicação à preservação do patrimônio artístico do Vaticano é ligada por um fio de continuidade que nunca foi rompido. Começando com o fundador Biagetti, há mais de cem anos, e continuando com Francesca Persegati, primeira mulher contratada pela instituição em 1990, que concluiu seus serviços e foi sucedida por Violini.

A importância do laboratório envolve uma privilegiada perspectiva de poder garantir às futuras gerações a garantia de preservação de um enorme patrimônio. É sob esses cuidados de uma equipe com os melhores restauradores do mundo, que o público continua a contemplar os 7 quilômetros do percurso expositivo nas basílicas romanas ou nos locais externos pertencentes aos Vaticano.

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Fonte: Vatican News

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