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História da Igreja

Conheça curiosidades sobre os Museus Vaticanos

Local abriga a maior coleção de arte do mundo e recebe a visita de aproximadamente 15 milhões de pessoas anualmente

Pe Jose Inacio de Medeiros

Escrito por Pe. José Inácio de Medeiros, C.Ss.R.

22 MAI 2025 - 09H26 (Atualizada em 23 MAI 2025 - 07H57)

Lottorich/AdobeStock

O peregrino ou turista que passar mais tempo em Roma deverá, obrigatoriamente, visitar os Museus Vaticanos, gastando ali ao menos algumas horas. Se tal não acontecer, a sua visita a Roma não será completa!

Nos museus do Vaticano, incluindo o que está exposto, como também a Reserva Técnica, está o imenso patrimônio artístico acumulado ao longo dos séculos da caminhada da Igreja pela história, não nos esquecendo que ela é uma instituição divina, inserida na realidade humana ao longo dos tempos.

Nas galerias dos museus deste que é considerado o menor país do mundo, o visitante pode conhecer uma das maiores coleções de arte que existem.

Takashi/Adobe Stock
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Origem e organização

Conhecido como “o Museu dos museus”, ali está abrigada aquela que é considerada a maior coleção de arte do mundo.

Os longos corredores e dezenas de salas abrigam cerca de 9 milhões de peças de arte, organizadas ao longo de mais de 15 km, que são percorridos anualmente por cerca de 15 milhões de pessoas.

Há uma tradição que afirma que o conjunto de suas obras poderia cobrir mais de quatro vezes todas as paredes do Vaticano.

Os museus começaram a nascer com as obras de Júlio II que, eleito papa em 1503, transferiu sua coleção de arte particular para o Pátio Octogonal.

A partir de então, cada Papa foi enriquecendo o patrimônio artístico com novas peças, fruto da criação de artistas patrocinados pela Igreja, ou advindas de doações e heranças.

Outro Papa que muito contribuiu para o enriquecimento das coleções foi Clemente XIV, tanto assim que parte do museu leva o seu nome.

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Papa Clemente XIV


Curiosidades

1. O líder nazista Adolf Hitler foi proibido de visitar o museu:

Em maio de 1938, quando chegou a Roma como convidado do rei Victor Emmanuel III e Benito Mussolini, o Papa Pio XI não quis receber o renegado líder nazista e, por isso, foi para a vila de Castel Gandolfo por alguns dias.

O papa ordenou também que tanto o museu como a Basílica de São Pedro fossem fechados. 

2. Uma bandeira do Vaticano viajou para a lua:

Tanto assim que os Museus Vaticanos guardam essa pequena bandeira, com alguns fragmentos da superfície lunar. Foi o então presidente dos EUA, Richard Nixon, que entregou esta insígnia ao Vaticano, e junto dela está uma placa onde se pode ler:

“Esta bandeira viajou para a lua e voltou na Apollo 11, e alguns fragmentos da superfície lunar foram trazidos à Terra pela primeira tripulação a pousar na lua.”

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A bandeira levada para a Lua pela Apollo 11, exibida nos Museus do Vaticano com algumas rochas lunares.

3. A árvore do livro do gênesis de Michelangelo na Capela Sistina

A árvore da qual Eva colhe o fruto proibido que não é uma macieira, sendo possível ver as folhas de uma figueira. O livro de Gênesis não fala que o fruto provado por Eva e Adão foi uma maçã.

No texto do Gênesis, o tipo de fruto (tappuah) que Eva colhe não é especificado, porém mais adiante fala-se que, ao descobrirem sua nudez, Adão e Eva se cobrem com folhas de figueira, e é por isso que algumas tradições dizem que o fruto proibido foi o figo.

Michelangelo inicialmente recusou o trabalho na Capela Sistina por causa da magnitude do trabalho e porque achava que seus rivais esperavam que ele fracassasse.

Mas finalmente aceitou o encargo e, apesar dos desentendimentos com o temperamental Papa Julio II, pintou uma área total de 460 metros quadrados.

A Criação de Adão, por exemplo, pintada na abóbada da capela, é uma das pinturas mais conhecidas do mundo, estudada por especialistas de todo o mundo durante décadas.

Parte importante da visitação dos museus é a passagem pela Capela Sistina, lugar de realização do conclave, onde estão as obras mais preciosas do multiartista Michelangelo, conhecido pela precisão e meticulosidade na sua criação.

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Teto da Capela Sistina

4. Passetto di Borgo ou passagem secreta que leva ao Castel Sant'Angelo:

Usando essa passagem é que o papa Clemente VII conseguiu escapar dos soldados do imperador Carlos V que pretendia acabar com sua vida entrando na Cidade do Vaticano em 1527.

O Papa viveu protegido cerca de 07 meses no castelo até que seus inimigos deixassem a cidade de Roma e o Vaticano.

Outra grande curiosidade da visita está numa sala que fica dentro da Capela Sistina sendo chamada “Sala das Lágrimas” (Stanza del Pianto).

Essa sala fica à esquerda do altar debaixo do Juízo Final e é assim chamada porque o novo papa, uma vez eleito, é conduzido a esta pequena sala para se paramentar antes de sair para saudar os fiéis que o esperam na praça de São Pedro.

Pode ser que o recolhimento do lugar permita que ele chore pela emoção e por sentir o peso da responsabilidade para a qual foi escolhido.

Vatican Media
Vatican Media
Sala das Lágrimas - Vaticano

A quantidade de obras a serem vistas nos museus é tão grande que estima-se que, se uma pessoa gastar um minuto para ver cada peça ali exposta, precisará de pelo menos 4 anos inteiros de sua vida para ver todas as coleções. 

Leia mais:

::. Os papas de nome “Leão”

Escrito por:
Pe Jose Inacio de Medeiros
Pe. José Inácio de Medeiros, C.Ss.R.

Missionário redentorista que atua no Instituto Histórico Redentorista, em Roma. Graduado em História da Igreja pela Universidade Gregoriana de Roma. Atuou na área de comunicação, sendo responsável pela comunicação institucional e missionária da antiga Província Redentorista de São Paulo, tendo sido também diretor da Rádio Aparecida.

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Por Redação A12, em História da Igreja

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