O peregrino ou turista que passar mais tempo em Roma deverá, obrigatoriamente, visitar os Museus Vaticanos, gastando ali ao menos algumas horas. Se tal não acontecer, a sua visita a Roma não será completa!
Nos museus do Vaticano, incluindo o que está exposto, como também a Reserva Técnica, está o imenso patrimônio artístico acumulado ao longo dos séculos da caminhada da Igreja pela história, não nos esquecendo que ela é uma instituição divina, inserida na realidade humana ao longo dos tempos.
Nas galerias dos museus deste que é considerado o menor país do mundo, o visitante pode conhecer uma das maiores coleções de arte que existem.

Origem e organização
Conhecido como “o Museu dos museus”, ali está abrigada aquela que é considerada a maior coleção de arte do mundo.
Os longos corredores e dezenas de salas abrigam cerca de 9 milhões de peças de arte, organizadas ao longo de mais de 15 km, que são percorridos anualmente por cerca de 15 milhões de pessoas.
Há uma tradição que afirma que o conjunto de suas obras poderia cobrir mais de quatro vezes todas as paredes do Vaticano.
Os museus começaram a nascer com as obras de Júlio II que, eleito papa em 1503, transferiu sua coleção de arte particular para o Pátio Octogonal.
A partir de então, cada Papa foi enriquecendo o patrimônio artístico com novas peças, fruto da criação de artistas patrocinados pela Igreja, ou advindas de doações e heranças.
Outro Papa que muito contribuiu para o enriquecimento das coleções foi Clemente XIV, tanto assim que parte do museu leva o seu nome.

Curiosidades
1. O líder nazista Adolf Hitler foi proibido de visitar o museu:
Em maio de 1938, quando chegou a Roma como convidado do rei Victor Emmanuel III e Benito Mussolini, o Papa Pio XI não quis receber o renegado líder nazista e, por isso, foi para a vila de Castel Gandolfo por alguns dias.
O papa ordenou também que tanto o museu como a Basílica de São Pedro fossem fechados.
2. Uma bandeira do Vaticano viajou para a lua:
Tanto assim que os Museus Vaticanos guardam essa pequena bandeira, com alguns fragmentos da superfície lunar. Foi o então presidente dos EUA, Richard Nixon, que entregou esta insígnia ao Vaticano, e junto dela está uma placa onde se pode ler:
“Esta bandeira viajou para a lua e voltou na Apollo 11, e alguns fragmentos da superfície lunar foram trazidos à Terra pela primeira tripulação a pousar na lua.”

3. A árvore do livro do gênesis de Michelangelo na Capela Sistina:
A árvore da qual Eva colhe o fruto proibido que não é uma macieira, sendo possível ver as folhas de uma figueira. O livro de Gênesis não fala que o fruto provado por Eva e Adão foi uma maçã.
No texto do Gênesis, o tipo de fruto (tappuah) que Eva colhe não é especificado, porém mais adiante fala-se que, ao descobrirem sua nudez, Adão e Eva se cobrem com folhas de figueira, e é por isso que algumas tradições dizem que o fruto proibido foi o figo.
Michelangelo inicialmente recusou o trabalho na Capela Sistina por causa da magnitude do trabalho e porque achava que seus rivais esperavam que ele fracassasse.
Mas finalmente aceitou o encargo e, apesar dos desentendimentos com o temperamental Papa Julio II, pintou uma área total de 460 metros quadrados.
A Criação de Adão, por exemplo, pintada na abóbada da capela, é uma das pinturas mais conhecidas do mundo, estudada por especialistas de todo o mundo durante décadas.
Parte importante da visitação dos museus é a passagem pela Capela Sistina, lugar de realização do conclave, onde estão as obras mais preciosas do multiartista Michelangelo, conhecido pela precisão e meticulosidade na sua criação.

4. Passetto di Borgo ou passagem secreta que leva ao Castel Sant'Angelo:
Usando essa passagem é que o papa Clemente VII conseguiu escapar dos soldados do imperador Carlos V que pretendia acabar com sua vida entrando na Cidade do Vaticano em 1527.
O Papa viveu protegido cerca de 07 meses no castelo até que seus inimigos deixassem a cidade de Roma e o Vaticano.
Outra grande curiosidade da visita está numa sala que fica dentro da Capela Sistina sendo chamada “Sala das Lágrimas” (Stanza del Pianto).
Essa sala fica à esquerda do altar debaixo do Juízo Final e é assim chamada porque o novo papa, uma vez eleito, é conduzido a esta pequena sala para se paramentar antes de sair para saudar os fiéis que o esperam na praça de São Pedro.
Pode ser que o recolhimento do lugar permita que ele chore pela emoção e por sentir o peso da responsabilidade para a qual foi escolhido.

A quantidade de obras a serem vistas nos museus é tão grande que estima-se que, se uma pessoa gastar um minuto para ver cada peça ali exposta, precisará de pelo menos 4 anos inteiros de sua vida para ver todas as coleções.
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