Missa no Santuário abre Semana Nacional do Migrante

Foi iniciada no último domingo, 12 de junho, a 37ª Semana do Migrante, realizada pelo Serviço Pastoral dos Migrantes (SPM), órgão vinculado ao Setor Pastoral Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Leia MaisCNBB divulga edital para a escolha do hino da Campanha da Fraternidade 2023Campanha da Fraternidade 2022: um belo presente pelos 40 anos da Pastoral da EducaçãoO tema deste ano é: “Migração e Saberes” e o lema: “Escuta com sabedoria e fala com a prática”, que estão em sintonia com a Campanha da Fraternidade de 2022, cujo tema foi “Fraternidade e Educação”. A abertura nacional da ação aconteceu no Altar Central do Santuário Nacional de Aparecida (SP), durante a Missa das 12h.

A celebração foi presidida pelo Bispo da Diocese de Pesqueira (PE), José Luiz Ferreira Salles, C.Ss.R., presidente do SPM, que enfatizou a importância desse evento com a intercessão de Nossa Senhora.

"Assim nessa festa do Deus Trindade, nós abrimos esta Semana do Migrante e do Refugiado. Na qual celebramos a troca de saberes e o encontro de culturas com o Bem Comum. Portanto, neste Santuário, Casa da Mãe Aparecida para onde convergem preces fervorosas, passos corajosos de peregrinos de tantos lugares do Brasil e do mundo, trazer até o altar e aos pés da Virgem Aparecida a vida, os sonhos, esperanças, luta e coragem de todos os migrantes e refugiados. A missão das nossas Igrejas e comunidades, o serviço Pastoral dos Migrantes, a nossa disposição para escutar com paciência, com verdadeira empatia, para escutar com os ouvidos, com a inteligência. Mas acima de tudo meus irmãos e irmãs com corações que adoram um Deus que é Trindade.", concluiu o Sacerdote.

Texto-Base

A organização da 37ª Semana do Migrante disponibilizou um texto-base, com oito páginas, aprofundando sobre a escuta como caminho para a ação pastoral libertadora, ecoando que a sabedoria emerge da escuta e que o poder de fala só é legítimo quando acompanhado da prática.

“Os migrantes seguem em frente, em seu vai e vem de esperança, participantes invisíveis no massacrante cotidiano que os exclui de uma vida de direitos. É o desafio de ser expectador e protagonista do processo histórico em construção. Suas histórias de vida, seus sonhos e suas lutas nos ajudam a perceber que o fenômeno migratório resulta, também, da exclusão social, da falta de perspectivas, da miséria de muitos provocada pela acumulação e pela riqueza de poucos”, defende um trecho do texto.

Você pode ler o texto na íntegra neste link.

Celebração com estrangeiros em Manaus

CNBB

Na capital do Amazonas, Missa da Semana do Migrante foi celebrada para estrangeiros

Na Arquidiocese de Manaus, a abertura da Semana do Migrante foi realizada com Missa na catedral Nossa Senhora da Imaculada Conceição, celebrada em espanhol e creola, com uma destacada presença de migrantes de diferentes países, sobretudo venezuelanos e haitianos, dois dos grupos mais numerosos entre os migrantes que moram na capital do Amazonas.

A celebração, onde os migrantes participaram dos diferentes momentos da liturgia, nos cantos, nas leituras, no ofertório, foi coordenada pela Pastoral do Migrante da Arquidiocese de Manaus e presidida pelo padre Júlio Caldeira. Na homilia, ele refletiu sobre a realidade da vida dos migrantes, tanto aqueles que migram dentro do próprio país como para outros países.

A migração é uma situação cada vez mais presente na sociedade. De acordo com o relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), publicado em setembro de 2019, a quantidade de pessoas morando fora do país de origem chega a 271,6 milhões, o que equivale a 3,5% da população mundial.

.:: Bispos falam sobre a realidade migratória no Brasil

Fonte: CNBB