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O drama do povo gaúcho no retorno às suas casas

Moradores de Canoas (RS) têm choque de realidade após água baixar na região mais afetada pelas chuvas

Escrito por Alberto Andrade

22 MAI 2024 - 11H44 (Atualizada em 22 MAI 2024 - 15H43)

Prefeitura de Canoas

Sofás, camas, colchões, eletrodomésticos e eletrônicos, as roupas e móveis. Tudo o que a maioria da população gaúcha tinha em casa se transformou em uma montanha de entulhos em frente às residências.

De forma gradual, agora que a água está baixando nas imediações, o cenário é desolador, com a lama impregnada sobre tudo. A cidade de Canoas, localizada a aproximadamente 14 km da capital, Porto Alegre, foi uma das mais atingidas pelas fortes chuvas que iniciaram em 28 de abril e que, até o momento, vitimaram 161 vidas, deixando 82 desaparecidos, 806 feridos, além das 581.633 pessoas que se encontram desalojadas e 68.345 em abrigos em todo o estado do Rio Grande do Sul.

A maior parte do município ficou submersa pelas enchentes, e foram afetados o Hospital de Pronto Socorro, 41 escolas, quatro de nove farmácias municipais, três de quatro Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), 19 de 27 Unidades Básicas de Saúde (UBS), o Parque Municipal Eduardo Gomes, entre outras instalações.

Para ter uma ideia do estrago causado pelas cheias, 27% das pessoas desabrigadas do estado são de Canoas. Parte dessas 21 mil pessoas já está, aos poucos, retornando aos lares e se deparando com um verdadeiro cenário de guerra.

A repórter Camila Morais, da TV Aparecida, está em Canoas e relatou o sofrimento do casal Denise e Sebastião, do bairro Rio Branco, próximo ao Rio Jacuí, e relatou que o drama dos moradores ao ver sua casa toda destruída.

“Só nos sobrou a roupa do corpo e os documentos. Perdemos um pedaço da gente, eu não tive filhos, mas é como se eu tivesse perdido um filho meu. É horrível!”, relatou Denise, aos prantos.

Camila Morais - TV Aparecida
Camila Morais - TV Aparecida


Em Canoas, além da falta de água, a cidade sofre com a falta de energia elétrica. Famílias vivem preocupadas porque suas residências, além da sujeira, tem registro de destruição em algumas áreas, além do mofo, visto que a água chegou a ultrapassar dois metros na maioria dos bairros. O processo de secagem está acontecendo por conta da drenagem que a Prefeitura está realizando, avançando sobre os pontos onde é possível iniciar o bombeamento da água.

E com essa triste situação, o povo gaúcho sempre precisa de doações. Quem deseja fazer uma contribuição aos irmãos do Rio Grande do Sul, façam diretamente pelo PIX 33685686001041 (CNPJ), em nome da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil — Regional Sul 3. Outra opção é através da Cáritas Brasileira através do PIX 33654419.0010-07 (CNPJ) ou por depósito bancário para: Conta Corrente: 55.450-2 / Agência 1248-3 (Banco do Brasil).

Camila Morais - TV Aparecida
Camila Morais - TV Aparecida


No Portal A12, você confere dicas da Cáritas Brasileira para organizar de maneira correta a doação de itens essenciais aos gaúchos, como: água potável, álcool, purificadores de água, material de higiene pessoal, pilhas, lanternas, absorventes, produtos como enxaguante bucal, fraldas geriátricas, lenços umedecidos, comida para animais de estimação e roupas adequadas para o frio, essenciais para garantir a sobrevivência e o bem-estar da população atingida.

Instituições estão realizando a ajuda necessária para amenizar o sofrimento dos gaúchos. O Santuário Nacional de Aparecida enviou donativos, incluindo água e ajuda financeira, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) relançou a campanha “É tempo de cuidar”, para que possamos orar, nos solidarizar e também informar as maneiras de ajudar os gaúchos, como também o Exército, que, através das Capelanias Militares, oferece a assistência religiosa e espiritual às vítimas e desalojados.

Camila Morais registra como está a fé do povo ao reconstruir suas casas

Fonte: Colaboração - Camila Morais/TV Aparecida

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