No sábado (13), em audiência realizada com o Papa Francisco, o Cardeal Marcelo Semeraro, prefeito do Dicastério para a Causa dos Santos, divulgou que o Santo Padre autorizou o decreto de quatro pessoas que estão no caminho para se tornarem santas da Igreja.
Entre estes, foi reconhecido o milagre atribuído pela intercessão da Beata Elena Guerra, passo decisivo para sua canonização.
“Recebemos esta linda notícia e estamos muito felizes. Finalmente, a Apóstola do Espírito Santo, nossa fundadora, será reconhecida como Santa. Agradecemos ao Santo Padre, à Igreja local e a todos aqueles que permitiram que este reconhecimento chegasse. Desejo que o Espírito Santo, ‘este desconhecido’, como o chamou a nossa fundadora, seja cada vez mais amado e orado por todos”, disse a Superiora Geral da Congregação das Oblatas do Espírito Santo, Madre Maria Laura Quattrini.
Nascida na cidade de Lucca, na Itália, em junho de 1835, aos 19 anos, Elena aprendeu enfermagem e prestou seus serviços a doentes com cólera. De tanto conviver e cuidar dos enfermos, contraiu uma doença misteriosa que a fez ficar de cama durante quase oito anos, tempo em que se dedicou se dedicou à meditação da Palavra e ao estudo dos Escritos dos Padres da Igreja, “beber na fonte da nossa fé”, dizia a beata.
Após ficar curada da doença, e já tendo iniciado os trabalhos de evangelização na Congregação das Irmãs de Santa Zita, Elena sente o primeiro apelo interior a trabalhar de alguma forma para divulgar a Devoção ao Espírito Santo na Igreja e recebe o apoio do Papa Leão XIII, após ele receber muitas cartas de Elena sobre viver a vida segundo o Espírito.
Leão XIII encoraja Elena Guerra a prosseguir o apostolado pela causa do Espírito Santo e autoriza também a sua Congregação a mudar de nome, para melhor qualificar o carisma próprio na Igreja: Oblatas do Espírito Santo. Elena dirigia a todos por meio de seus escritos, pequenos livros que ela preparava para orientar e aprofundar a fé cristã.
Ela morreu em um Sábado Santo, no dia 11 de Abril de 1914, tomando consciência da presença e da ação do Espírito Santo na vida de todos os cristãos, condição indispensável para um novo Pentecostes. Faltando poucos dias para a convocação do Concílio Vaticano II, o Papa São João XXIII, elevou Elena Guerra a honra dos altares em 26 de abril de 1959, primeira Beata do seu Pontificado, quando a definiu “Apóstola do Espírito Santo dos tempos modernos”.
Além da beata Elena, também foi reconhecido o martírio do Servo de Deus Gaetano Clausellas Ballvé, sacerdote espanhol morto por ódio à fé, em 15 de agosto de 1936, e o pai de família Antonio Tort Reixachs também morto por perseguição à fé católica, em dezembro de 1936, na região de Montcada (Espanha).
O Papa também reconheceu as virtudes heroicas da Serva de Deus Teresa Lanfranco (nascida Annunziata Addolorata), religiosa professa da Congregação das Filhas de Santa Maria de Leuca, nascida em 24 de março de 1920, em Gallipoli (Itália), e falecida em 8 de junho de 1989, em Roma.
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