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Repam: 10 anos de cuidado e defesa da Amazônia

Rede Eclesial Pan-Amazônica atua no cuidado e proteção da Amazônia e seus povos

Escrito por Redação A12

16 SET 2024 - 16H17 (Atualizada em 29 JAN 2025 - 11H04)

CNBB / Reprodução

Com 10 anos de atuação, a Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM) vive um trabalho de comprometimento com o cuidado e a defesa da Amazônia.

Sua missão dialoga diretamente com as reflexões da Campanha da Fraternidade, especialmente nos anos em que os temas ecológicos estavam em alta, como em 2016, com “Casa Comum, nossa responsabilidade”, e agora em 2025, com “Fraternidade e Ecologia Integral”.

CNBB
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Além disso, a REPAM contribui para chegar ao maior número de pessoas as discussões sobre preservação ambiental e justiça climática, que serão centrais na COP 30, evento global que será realizado pela primeira no Brasil, em Belém (PA), em novembro de 2025.

Com o intuito de ensinar a todos o papel da educação climática a partir deste evento, lançou uma cartilha chamada “ABC das COPs”, para melhor compreensão e aproveitamento da população brasileira sobre a situação climática.

Reprodução/REPAM
Reprodução/REPAM


:: O que é a COP 30? Aprenda com a cartilha da REPAM

Celebração dos 10 anos 

Em setembro de 2024, a celebração dos 10 anos da REPAM aconteceu na sede das Pontifícias Obras Missionárias (POM-Brasil), em Brasília, mesmo local em que foi fundada.

O encontro aconteceu aos pés de uma mangabeira, nos jardins da sede das POM, para celebrar os primeiros dez anos e renovar os compromissos de cuidado e proteção do bioma amazônico e de seus povos.

Como lembrança e registro de todo trabalho que já foi realizado no decorrer dos anos, foram colocadas sobre as raízes da mangabeira todas as publicações da Repam e os materiais que representam os processos de articulação, escuta dos povos, preparação para o Sínodo, planos pastorais e outras ações em defesa da vida na região.

CNBB / Reprodução
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Dom Evaristo Pascoal Spengler, bispo de Roraima e presidente da Repam-Brasil, destacou o atual contexto desafiador para a vida dos povos e do próprio bioma, com a exploração que leva destruição para a região. Mas afirmou que existem pessoas que estão atando na defesa da vida: “E a Repam é impulsionadora dessas pessoas”. Leia MaisA seca prolongada e os efeitos danosos para o meio ambiente e para os seres humanos

Já o arcebispo de Palmas–TO e vice-presidente da Repam-Brasil, dom Pedro Brito Guimarães, ressaltou que no atual contexto, “há pouco o que celebrar, com 60% do território afetado pela fumaça, as enchentes e queimadas. Para ele, vivemos uma pandemia ecológica. Mesmo assim, é preciso comemorar para não perder, e isso é como um ato de rebeldia, coragem e profecia”.

Dom Ricardo Hoepers, bispo auxiliar de Brasília–DF e secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), afirmou que a Repam é “um farol de esperança em meio a tempos desafiadores”, explicando que nesses dez anos de atuação, “tornou-se um sinal profético na defesa da vida, dos territórios e dos povos amazônicos, sempre iluminada pelo Evangelho e pelos ensinamentos da Igreja”.

Ele ainda destacou que o trabalho da Repam segue o ensinamento que Papa Francisco nos apresentou na Laudato Si’, de que “tudo está interligado, e que não se pode separar a crise ambiental da crise social”.

“É exatamente nesta interligação que a Repam tem feito seu trabalho: unindo as vozes das comunidades, dos povos originários e da Igreja, para que, juntos, possamos ser defensores, guardiães da Criação”.

Dom Ricardo ainda disse que “ao promover a vida e o Bem Viver, a Repam nos recorda que os povos da Amazônia não são apenas vítimas, mas protagonistas na luta pela justiça socioambiental”.

“Ao celebrarmos esses 10 anos de lutas e conquistas, renovamos nosso compromisso com a Casa Comum e com os povos da Amazônia. A CNBB, quer lembrar de todos os protagonistas, desde o 1º Encontro inter-regional dos Bispos da Amazônia, em Manaus, de 2 a 6 de julho de 1952, passando pelo apelo que Paulo VI, em 1971, fazia ecoar: “Cristo aponta para a Amazônia” e o histórico encontro de Santarém, em que homens e mulheres souberam ouvir a voz do Espírito Santo e entenderam os desafios que vinham pela frente. A espiritualidade encarnada que guia a Repam nos convida a agir com coragem, compaixão e esperança, confiantes de que Deus está conosco nesta jornada”.

Em vídeo, o bispo do Vicariato de Puyo, no Equador e presidente da REPAM, dom Rafael Cob, destacou esses 10 anos de atividade e missão como “um caminhar de benção, um caminhar de esperança, um caminhar de justiça e também um caminhar de trabalhar e tecer a paz”.

Fonte: Vatican News, CNBB

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