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Vaticano dá orientações para casais em segunda união

Papa Francisco concede a oportunidade para homens e mulheres nesta situação receberem os sacramentos a partir de um caminho de discernimento

Escrito por Redação A12

04 OUT 2023 - 12H19 (Atualizada em 04 OUT 2023 - 15H13)

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Neste artigo do missionário redentorista Padre José Luis Queimado, você confere a respeito dos casais que estão numa segunda união, ou seja, contraíram o Sacramento do Matrimônio uma primeira vez na Igreja, se separaram e se uniram a outra pessoa apenas na esfera civil e não buscaram a nulidade matrimonial (onde pela Igreja, o casamento é considerado inexistente por diversos motivos de um ou dos dois cônjuges).

Leia MaisSomos casados apenas no civil e queremos o Matrimônio! O que fazer?Em quais situações o Matrimônio é considerado inválido?A Igreja Católica se preocupa - e muito - com esses casais que têm um grande desejo de voltar a receber os Sacramentos, como os da Reconciliação e da Eucaristia.

O Papa Francisco, a partir da exortação Amoris Laetitia abre esta possibilidade quando, em um caso particular, "existem limitações que atenuam a responsabilidade e a culpa".

Esta foi uma das respostas dadas pelo Dicastério para a Doutrina da Fé a uma série de perguntas sobre o assunto, enviadas em julho passado pelo cardeal Dominik Duka, arcebispo emérito de Praga, em nome da Conferência Episcopal Tcheca.

Discernimento para os casais

"Esse é um processo de acompanhamento que não termina necessariamente com os sacramentos, mas pode ser direcionado para outras formas de integração na vida da Igreja: uma maior presença na comunidade, participação em grupos de oração ou de reflexão ou envolvimento em vários serviços eclesiais", diz o texto.

Em 5 de setembro de 2016, os bispos da Região Pastoral de Buenos Aires haviam preparado para seus sacerdotes uma explicação, na qual enfatizavam que "não é apropriado falar de 'licenças' para o acesso aos sacramentos, mas de um processo de discernimento acompanhado por um pastor. Trata-se de um discernimento 'pessoal e pastoral'".

O Papa Francisco lembrou para seus conterrâneos que, assim como São João Paulo II e Bento XVI, mantém "a proposta de continência plena para os divorciados e recasados em uma nova união, mas admite que pode haver dificuldades em praticá-la e, portanto, permite em certos casos, após um discernimento adequado, a administração do sacramento da Reconciliação, mesmo quando não se pode ser fiel à continência proposta pela Igreja".

Foto: jcomp - br.freepik.coma
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Como deve ser realizado este acompanhamento?

Nesse sentido, a exortação Amoris Laetitia enfatiza que "todos os sacerdotes têm a responsabilidade de acompanhar as pessoas envolvidas no caminho do discernimento". É o sacerdote, diz o documento, que "acolhe a pessoa, ouve-a atentamente e lhe mostra o rosto materno da Igreja, acolhendo sua reta intenção e seu bom propósito de colocar toda a sua vida à luz do Evangelho e de praticar a caridade".

Mas é cada pessoa, "individualmente, que é chamada a se colocar diante de Deus e a expor a Ele sua consciência, com suas possibilidades e limitações". Essa consciência, acompanhada por um sacerdote e iluminada pelas orientações da Igreja, é chamada a se formar para avaliar e fazer um julgamento suficiente para discernir a possibilidade de acesso aos sacramentos".

Dentro deste acompanhamento feito pelo sacerdote, também será possível avaliar a possibilidade de abrir o processo de Nulidade Matrimonial junto ao Tribunal Eclesiástico.

Mas em situações mais complexas, onde não é possível obter este dispositivo, é necessário "um processo de discernimento que estimule ou renove um encontro pessoal com Jesus Cristo também nos sacramentos".

Além disso, dentro do discernimento individual, os divorciados recasados devem se fazer algumas perguntas para verificar suas responsabilidades e se perguntar "como se comportaram com seus filhos quando a união conjugal entrou em crise; se houve tentativas de reconciliação; qual é a situação do parceiro abandonado; quais são as consequências do novo relacionamento para o restante da família e para a comunidade de fiéis".


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Fonte: Vatican News

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