LER! Em três letrinhas o desvelamento de tantos significados e sentidos. Conjugar o verbo ler no Presente do Indicativo - Eu leio; tu lês; ele lê; nós lemos; vós ledes; eles leem - é uma regra da língua, mas ainda não uma realidade concreta. Infelizmente, por duas condições, parece mais coerente que o verbo seja conjugado no Presente do Subjuntivo - que eu leia; que tu leias; que ele leia; que nós leiamos; que vós leiais; que eles leiam. Ler, para muitos, ainda é porvir. Mas que condições de impedimento são essas?
A primeira tem a ver com o índice de analfabetismo, que ainda é alto, apesar de ter caído nas últimas três décadas. No entanto, igualmente, neste período, aumentou o índice de analfabetismo funcional, onde se incluem os que foram alfabetizados, mas não têm pleno domínio da leitura. Para um melhor entendimento, é importante conhecer, os quatro níveis, em dois grupos, apontados pelo Indicador de Alfabetismo Funcional (INAF):
Analfabetos: não conseguem realizar nem mesmo tarefas simples que envolvem a leitura de palavras e frases, ainda que uma parcela destes consiga ler números familiares (números de telefone, preços, etc.).
Alfabetizados em nível rudimentar: localizam uma informação explícita em textos curtos e familiares (como, por exemplo, um anúncio ou pequena carta), leem e escrevem números usuais e realizam operações simples, como manusear dinheiro para o pagamento de pequenas quantias.
Alfabetizados em nível básico: leem e compreendem textos de média extensão, localizam informações mesmo com pequenas inferências, leem números na casa dos milhões, resolvem problemas envolvendo uma sequência simples de operações e têm noção de proporcionalidade.
Alfabetizados em Nível pleno: pessoas cujas habilidades não mais impõem restrições para compreender e interpretar textos usuais: leem textos mais longos, analisam e relacionam suas partes, comparam e avaliam informações, distinguem fato de opinião, realizam inferências e sínteses. Quanto à matemática, resolvem problemas que exigem maior planejamento e controle, envolvendo percentuais, proporções e cálculo de área, além de interpretar tabelas de dupla entrada, mapas e gráficos.
A segunda condição pela qual é mais coerente, conjugar o verbo ler no Presente do Subjuntivo, tem a ver com os que, apesar de já saberem ler e estarem classificados no segundo grupo do INAF, ainda não descobriram a diferença benéfica que faz a leitura.
Duas condições desafiadoras que devem nos fazer pensar e agir, já que a leitura é, sem dúvida, uma das mais plenas possibilidades de exercício da liberdade e da inclusão social. O Papa João Paulo II, na mensagem ao Diretor Geral da UNESCO, por ocasião do XXXIII Dia Internacional da Alfabetização (28 de agosto de 1999), afirmou:
"A luta contra o analfabetismo é o caminho obrigatório para o desenvolvimento das pessoas e dos povos, que recebem assim meios de reflexão e de análise, e que se podem defender com mais facilidade contra as exposições sectárias, integralistas ou totalitárias. É, portanto, altamente desejável que se prossigam com sucesso as ações empreendidas, que necessitam de uma coordenação sempre mais intensa dos esforços nacionais e internacionais".
O Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA) realiza, a cada três anos, uma avaliação e o último resultado, da pesquisa de 2018, apontou o Brasil na 54ª colocação do ranking de 80 países participantes. Na proficiência em leitura, no que tange a compreensão de texto, 50% dos alunos brasileiros não atingiram o índice mínimo esperado até a conclusão do Ensino Médio. Em função da pandemia, o PISA 2021 foi adiado para 2022 e a divulgação dos resultados será em 2023.
:: A Rádio Aparecida traz dicas de leitura no quadro "Você e o Livro". Confira!
Ler é desbravar várias dimensões da nossa existência: lúdica, emocional, espiritual, social, política; dentre outras. Pela leitura revisitamos o passado, situamos o presente e projetamos o futuro. Além disso, a leitura constrói conhecimento, ativa a memória, exercita o raciocínio, desenvolve a consciência crítica, estimula a capacidade criativa e amplia o vocabulário. Além de tudo, a leitura é eficaz recomendação para a prevenção das capacidades cerebrais e da saúde mental. Ler é exercitar a imaginação e viajar para os lugares e espaços conhecidos e desconhecidos. Os lugares reais e os imaginários.
No mês de abril, duas datas celebram o livro: 18 de abril é o Dia Nacional do Livro Infantil, em homenagem ao dia de nascimento de Monteiro Lobato, grande referência da Literatura Infantil, entre elas o Sítio do Picapau Amarelo. No dia 23 de abril é comemorado o Dia Mundial do Livro, data criada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) para valorizar todos aqueles escritores que, através de seus livros, deixaram sua marcas na humanidade. A data foi escolhida por também lembrar a data de falecimento de William Shakespeare, Miguel de Cervantes e Garcilaso de la Vega, três grandes Mestres da Literatura.
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