Santo Padre

Papa Francisco deu início a 1ª Jornada Mundial das Crianças

JMC reflete o tema: "Eis que faço nova todas as coisas"

Escrito por Laís Silva

25 MAI 2024 - 12H16 (Atualizada em 25 MAI 2024 - 16H45)

Reprodução / Vatican News

Neste final de semana, Roma recebe famílias de diversos países para vivenciar a primeira Jornada Mundial das Crianças, evento que torna real um pedido de Papa Francisco.

Neste sábado (25), cerca de 70 mil crianças se reúnem no Estádio Olímpico de Roma, para juntos do Santo Padre, rezar e pedir por paz em todo o mundo.

Entre os participantes estão cerca de 100 crianças que participam dos projetos da Save the Children nas áreas de Roma, Aprilia, Ostia e Scalea.

O evento teve início com o coral de crianças cantando a canção “We are the world”, que significa “nós somos o mundo”, e a letra desta música reflete a situação atua, quando em meio a guerras e desigualdades, precisamos “estender a mão para a vida”, olhar para o presente e o futuro, buscando sempre a paz.

O Cardeal Tolentino, prefeito do Dicastério de Cultura e Educação da Santa Sé, em seu discurso de abertura falou sobre o intuito e a importância da Jornada Mundial das Crianças.

Eis que faço nova todas as coisas, é esse o trecho bíblico escolhido pelo Papa Francisco para ilustrar a primeira Jornada Mundial das Crianças que está começando e que esperamos fortemente que se torne uma festa de paz, uma grande celebração de fraternidade capaz de iluminar o mundo com a esperança. Agradeço a todos vocês por terem acolhido o apelo do Santo Padre, obrigado a todos por construir juntos esse belíssimo sonho universal ao qual ninguém fica indiferente”.

Ele ainda falou sobre a real necessidade de se organizar um evento desta magnitude, reunindo crianças de diversas partes do mundo, de todas as realidades.

Temos necessidade de escutar os menores que continuam a nos recordar a verdade essencial que muitas vezes nós esquecemos, porque às crianças tem uma capacidade pratica capaz de inovar ajudando nos assim a superar os bloqueios do tempo presente, porque os pequeninos podem ser mestres desta arte universal da qual o mundo hoje tem uma necessidade urgente, por exemplo: a arte da amizade, do abraço, do perdão, da convivência fraterna, da alegria simples e da aceitação das diferenças”.

É preciso aprender com os pequeninos, o mundo seria um lugar melhor se todos tivéssemos a inocência, a alegria e a fraternidade de uma criança.

A cerimônia de abertura ainda contou com discursos de crianças representando seus países, como a pequena Mila, representando a Nova Zelândia, que fez um apelo para que todos olhem e cuidem do meio ambiente.

“Todos nós temos que fazer alguma coisa, proteger nosso planeta, temos que reduzir as poluições e cuidar do nosso país. Nós devemos fazer do nosso planeta um lugar bonito”.

Quem também fez um discurso e um apelo forte por paz, foi o pequeno Victor, que nasceu e vive em Belém.

“Caro Papa Francisco, sou Victor, nasci e fui batizado em Belém na mesma cidade de Jesus, me sinto feliz por ter nascido lá, mesmo que seja em um momento muito complicado. A minha cidade está fechada por muro que parece uma serpente, parece que nos sufoca. O nosso céu está ocupado por mísseis que passam por nossas cabeças. Nós temos muito medo quando escutamos o barulho e tudo em torno a nós treme. Que culpa temos nós, crianças que nascemos em Belém, Jerusalém ou Gaza? Nós queremos apenas brincar, estudar e viver livres como tantas outras crianças no mundo. Reza por nós, ensina-nos a rezar especialmente para que a paz esteja presente no coração de todos nós”.

O Brasil também foi representado, Ana Luzia, da cidade de Fartura - SP; e que faz parte do projeto Devotos Mirins do Santuário Nacional de Aparecida, falou ao pontífice:

“Querido Papa Francisco, nós das Américas queremos falar para o Senhor que é bom estarmos juntos, nós sonhamos em ser uma única grande família”.

São apelos e reflexões de crianças que vivem diversas realidades em todo mundo e é preciso que todos possamos escutar, rezar e buscar um presente e um futuro bom para todas elas.

Papa Francisco chegou ao evento com felicidade, acenando para todos os presentes. Sem palco, rodeado de crianças e as presenteando com balas, palavras bonitas e reflexões, o santo padre discursou para todos.

“Caros meninos e meninas, rapazes e jovens, chegamos! Começou a aventura da Jornada Mundial das Crianças, reunimo-nos ao Estádio Olímpico para dar o pontapé de saída num movimento de meninos e meninas que querem construir um mundo de paz, onde sejamos todos irmãos, um mundo que tenha um futuro, porque queremos cuidar do ambiente que nos rodeia”.

Francisco não esconde a realidade do mundo, mas encoraja as crianças a continuarem próximos de Deus.

Sei que sentem tristezas pela guerra. Hoje recebi crianças que fugiram da Ucrânia que tinham tanta dor pela guerra, algumas delas estavam feridas”.

Ele questionou as crianças: “A guerra é uma coisa boa?”. E elas responderam: “Não!”. Questionou novamente: “A paz é uma coisa boa?”. E elas responderam: “Sim”.

Em seguida falou:

“Ouçam bem, vocês sabem qual o slogan desta jornada? O lema é uma frase da bíblica: Eis que faço nova todas as coisas. Tudo que não é novo passa, Deus é novidade, sempre nos dá novidade. Queridas crianças, vamos em frente e tenhamos alegria e saúde para alma. Queridas crianças, Jesus no Evangelho diz que te quer bem”.

A programação da Jornada Mundial das Crianças continua até domingo (26).

Fonte: Vatican News

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