Em sua mensagem para o Dia Mundial dos Pobres, em novembro de 2021, o Papa Francisco afirmou:
“Os pobres têm muito para nos ensinar. Além de participar do sensus fidei, nas suas próprias dores conhecem Cristo sofredor. É necessário que todos nos deixemos evangelizar por eles. A nova evangelização é um convite a reconhecer a força salvífica das suas vidas, e a colocá-los no centro do caminho da Igreja”.
Leia Mais10 anos de pontificado do Papa Francisco: confira 5 curiosidades3 ensinamentos do Papa Francisco para alcançar a felicidade5 mensagens do Papa Francisco para você não desanimarReflita sobre outros 7 ensinamentos da mensagem:
1. Beneficência e partilha
Francisco recorda que Jesus não só está do lado dos pobres, mas também partilha com eles a mesma sorte, e que um gesto de beneficência pressupõe um benfeitor e um beneficiado, enquanto a partilha gera fraternidade.
A esmola é ocasional, ao passo que a partilha é duradoura. A primeira corre o risco de gratificar quem a dá e humilhar quem a recebe, enquanto a segunda reforça a solidariedade e cria as premissas necessárias para se alcançar a justiça”.
2. Estilo de vida coerente com a fé
O Pontífice afirma que precisamos de aderir com plena convicção ao convite do Senhor: ‘Convertei-vos e acreditai no Evangelho’. Esta conversão consiste, primeiro, em abrir o nosso coração para reconhecer as múltiplas expressões de pobreza e, depois, em manifestar o Reino de Deus através dum estilo de vida coerente com a fé que professamos.
Seguir Jesus comporta uma mudança de mentalidade a esse propósito, ou seja, acolher o desafio da partilha e da comparticipação.
3. Novas formas de pobreza
O Papa diz que o Evangelho de Cristo impele a ter uma atenção muito particular para com os pobres e requer que se reconheça as múltiplas, demasiadas, formas de desordem moral e social que sempre geram novas formas de pobreza”:
“Um mercado que ignora ou discrimina os princípios éticos cria condições desumanas que se abatem sobre pessoas que já vivem em condições precárias. Deste modo assiste-se à criação incessante de armadilhas novas da miséria e da exclusão, produzidas por agentes econômicos e financeiros sem escrúpulos, desprovidos de sentido humanitário e responsabilidade social”.
4. Pandemia: agravamento da pobreza
O Papa não deixa de recordar da pandemia que agravou a situação de todos. “Esta continua a bater à porta de milhões de pessoas e, mesmo quando não traz consigo o sofrimento e a morte, todavia é portadora de pobreza. É urgente dar respostas concretas a quantos padecem o desemprego, que atinge de maneira dramática tantos pais de família, mulheres e jovens.
Prossegue o Papa: "A solidariedade social e a generosidade de que muitos, graças a Deus, são capazes, juntamente com projetos clarividentes de promoção humana, estão a dar e darão um contributo muito importante”.
5. Individualismo cúmplice na geração de pobreza
Quais seriam os caminhos? Francisco traça algumas sugestões depois de questionar: "Como se pode dar uma resposta palpável aos milhões de pobres que tantas vezes, como resposta, só encontram a indiferença, quando não a aversão? Qual caminho de justiça é necessário percorrer para que as desigualdades sociais possam ser superadas e seja restituída a dignidade humana tão frequentemente espezinhada?"
E a resposta vem da reflexão: “Um estilo de vida individualista é cúmplice na geração da pobreza e, muitas vezes, descarrega sobre os pobres toda a responsabilidade da sua condição. Mas a pobreza não é fruto do destino; é consequência do egoísmo. Portanto é decisivo dar vida a processos de desenvolvimento onde se valorizem as capacidades de todos, para que a complementaridade das competências e a diversidade das funções conduzam a um recurso comum de participação”.
6. Dignidade de filhos de Deus
Ao falar da dignidade e da riqueza que os pobres podem nos dar o Papa recorda: “Os pobres ensinam-nos frequentemente a solidariedade e a partilha. É verdade que são pessoas a quem falta algo e por vezes até muito, se não mesmo o necessário; mas não falta tudo, porque conservam a dignidade de filhos de Deus que nada e ninguém lhes pode tirar”.
7. Uma nova abordagem da pobreza
Francisco pondera: “É um desafio que os governos e as instituições mundiais precisam de perfilhar, com um modelo social clarividente, capaz de enfrentar as novas formas de pobreza que invadem o mundo e marcarão de maneira decisiva as próximas décadas. Se os pobres são colocados à margem, como se fossem os culpados da sua condição, então o próprio conceito de democracia é posto em crise e fracassa toda e qualquer política social”.
O Papa conclui sua mensagem com um pensamento do Padre Primo Mazzolari: “Gostaria de pedir-vos para não me perguntardes se existem pobres, quem são e quantos são, porque tenho receio que tais perguntas representem uma distração ou o pretexto para escapar duma específica indicação da consciência e do coração. (…) Os pobres, eu nunca os contei, porque não se podem contar: os pobres abraçam-se, não se contam”.
.:: Veja a biografia do A12 sobre o Papa FranciscoFonte: Vatican News/ Santa Sé
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