Por Redação A12 Em Santo Padre Atualizada em 18 SET 2024 - 12H25

Ao retomar Audiências Gerais, Papa destaca fraternidade como resposta ao ódio

Recordando sua mais recente viagem, Francisco afirmou que a Igreja “é muito maior que Roma e a Europa, muito maior!"

Na Audiência Geral desta quarta-feira (18), o Papa Francisco compartilhou reflexões sobre sua recente viagem apostólica pela Indonésia, Papua-Nova Guiné, Timor-Leste e Singapura. O Pontífice ressaltou a vivacidade das comunidades que encontrou, elogiando sua fé, compaixão e fraternidade, elementos centrais em sua mensagem.

Francisco iniciou recordando a viagem de Paulo VI à região em 1970 e expressou gratidão por poder seguir seus passos. Ele destacou que a Igreja “é muito maior que Roma e a Europa, muito maior! Também, ouso dizer, muito mais viva, nesses países!” O Papa falou sobre a alegria de encontrar uma Igreja que não faz proselitismo, mas “cresce através da atração”, como dizia Bento XVI.

Na Indonésia, onde os cristãos são uma minoria, Francisco destacou o lema da visita: “Fé, fraternidade, compaixão”. Ele afirmou que esses valores “são como uma ponte” que une culturas e religiões diversas. “Lá, vi que a fraternidade é o futuro, é a resposta à anti-civilização, às tramas diabólicas do ódio e da guerra, e também do sectarismo.”

Na Papua-Nova Guiné, o Papa elogiou o papel dos missionários e catequistas em promover a harmonia em uma terra marcada pela diversidade étnica. “O que o Espírito Santo faz não é uniformidade, é sinfonia, é harmonia.” O Pontífice também enalteceu o potencial do país como “um laboratório de desenvolvimento integral animado pelo Evangelho.”

Em Timor-Leste, Francisco destacou a beleza de um povo “experimentado, mas alegre”, que soube unir fé e cultura em um processo de paz e reconciliação. “Respirei 'ar de primavera'”, afirmou, referindo-se à juventude presente nas comunidades católicas do país.

A última parada do Papa foi Singapura, uma cidade-estado moderna. Lá, os cristãos também são minoria, mas, segundo Francisco, atuam como “sal e luz, testemunhas de uma esperança maior do que aquela que os ganhos econômicos podem garantir.”

Ao concluir, o Papa agradeceu aos povos que o acolheram com carinho e aos governantes que ajudaram na organização da visita, pedindo a Deus que os guie “no caminho da paz e da fraternidade”.


Reprodução/ Vatican Media
Reprodução/ Vatican Media

Apelos pela paz e solidariedade às vítimas de inundações na Europa

Ao final da Audiência Geral, Francisco renovou seu pedido pela paz mundial, lamentando os conflitos que assolam a Palestina, Israel, Ucrânia e Mianmar. “Rezemos pela paz: não esqueçamos que a guerra é uma derrota”, enfatizou mais uma vez.

O Papa também expressou solidariedade às vítimas das enchentes que atingiram países como Áustria, Romênia, República Tcheca e Polônia, pedindo proximidade e oração por aqueles que perderam a vida.

Francisco ainda lembrou o Dia Mundial do Alzheimer, a ser celebrado em 21 de setembro, e pediu orações pelos doentes e suas famílias, além de apoio aos avanços da ciência para encontrar uma cura para a doença.

Por fim, o Papa saudou os beneditinos e os carmelitas, incentivando-os a continuar com zelo missionário e caritativo em suas respectivas vocações.

Fonte: Vatican News

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