Santo Padre

Entenda a composição do conclave e detalhes da eleição do novo papa

Escrito por Redação A12

13 MAR 2013 - 17H00 (Atualizada em 25 FEV 2025 - 13H54)

Reproduçao/ ANSA

Com a renúncia do papa Bento XVI, a Igreja Católica deverá organizar o conclave para eleger o seu sucessor e os cardeais com menos de 80 anos serão convocados para a eleição. O processo do conclave começa a partir de 28 de fevereiro de 2013, quando começa o período de vacância.

Os cardeais eleitores serão 61 europeus, 19 latino-americanos, 14 norte americanos, 11 africanos, 11 asiáticos e 1 da Oceania, números que podem variar, dependendo da data de início do conclave. O cardeal Walter Kasper, por exemplo, completa 80 anos em 5 de março.

A Itália é o país com o maior número de eleitores, com 21 cardeais. Durante o conclave, os cardeais permanecem todo o período da eleição entre uma residência do Vaticano e a Capela Sistina, onde votam e não podem ter contato com o mundo exterior e com os meios de comunicação.

A eleição

Os cardeais preenchem um boletim retangular, que traz impressa a menção ‘Eligo in Summum Pontificem’ (elejo como Sumo Pontífice) na parte superior. O boletim é dobrado e levado para o altar, onde há uma urna em cima de uma mesa, com três cardeais escrutinadores, que foram escolhidos por sorteio.

Ao entregar o seu voto, os cardeais eleitores pronunciam o juramento:

“Invoco como testemunha Cristo Senhor, o qual me há de julgar, que o meu voto é dado àquele que, segundo Deus, julgo deve ser eleito”.

Outros três cardeais têm a missão de recolher os votos dos prelados doentes e existem ainda três revisores.

O candidato deve ter, pelo menos, 2/3 dos votos e, de acordo com as novas normas, estabelecidas pelo Papa João Paulo II em 1996, se não há um eleito após três dias de votação, se realizará uma pausa de um dia; ao fim de outros sete escrutínios ocorre outra pausa de um dia; se o impasse se mantém após mais sete votações, que acontecem em três dias, a eleição faz-se por maioria simples.

Depois de cada sessão, as fichas dos votos e “os escritos de qualquer espécie relacionados com o resultado de cada escrutínio” são queimados com uma mistura de químicos: se o fumo que sai da chaminé da Capela Sistina for negro, significa que não houve acordo entre os Cardeais; se for branco, significa que foi escolhido o novo Papa.

Tendo um eleito, ele deve responder a duas questões do cardeal Decano:

“Acceptasne eletionem de te canonice factam in Summum Pontificem?”, que quer dizer, “Aceitas a tua eleição, canonicamente feita, para Sumo Pontífice?” e “Quo nomine vis vocari?”, que quer dizer, “Como queres ser chamado?”. Esse é o último ato formal do Conclave.

O novo Papa é conduzido à ‘Sala das Lágrimas’ para vestir pela primeira vez os paramentos papais, que está disponível em três medidas. Com a escolha do novo nome, os cardeais um a um prestam homenagem e apresentam a sua obediência ao novo Papa.

Os fiéis ficam sabendo do novo sucessor com o anúncio, feito pelo cardeal-protodiácono, que pronunciará as palavras solenes:

“Habemus Papam!”

Além de anunciar o novo Papa, o Cardeal também impõe o pálio, uma insígnia litúrgica, no novo Papa, na missa de início de pontificado.

Segundo o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, a Igreja Católica deve ter um novo Papa até a Páscoa, no próximo dia 31 de março.

Fonte: Agência Ecclesia e Zenit. Foto: ANSA.

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