Há 27 anos sem receber um papa, a Bolívia acolhe nesta quarta-feira (8) o Papa Francisco. Depois de visitar o Equador, o Santo Padre desembarcará, no fim da tarde, no aeroporto internacional de El Alto, a escala internacional mais alta do mundo, a mais de quatro mil metros de altitude.
No aeroporto, o Pontífice receberá as boas-vindas, honras militares e ouvirá o discurso do presidente Evo Morales. Ao final, Francisco também fará um discurso e concederá sua bênção. Em La Paz, Francisco realizará a visita de cortesia ao Presidente Evo Morales e, na Catedral, encontrará as autoridades civis. À noite, o Papa deixará a capital em direção a Santa Cruz de la Sierra, o centro econômico boliviano. O Papa ficará hospedado na residência do Cardeal Julio Terrazas.
Em Santa Cruz de la Sierra, o Papa celebrará uma missa campal, se encontrará com o clero boliviano, participará do II Encontro Mundial de Movimentos Populares, onde falará para mais de 1.500 delegados de diversos países que discutem problemas sociais e ambientais que eclodem no mundo inteiro. Na sexta-feira (10), o Santo Padre visitará o presídio de Parmasola e ouvirá o testemunho de alguns presos e presas. No fim da manhã se encontrará com os bispos do país na Paróquia de Santa Cruz. Em seguida irá para o aeroporto de Viru Viru com destino a Assunção, no Paraguai, o terceiro e último país a ser visitado nesta viagem apostólilca.
Desigualdades sociais na Bolívia
Desde a visita de João Paulo II, o cenário político boliviano sofreu grandes transformações, mas no aspecto social, os desafios permanecem visíveis nos rostos indígenas descartados pelo sistema. Caminhando pelos anéis concêntricos que compõem Santa Cruz, a imagem é de simplicidade, como uma cidade interiorana brasileira: poucos prédios e muitos sobrados mal conservados em estilo colonial.
Com cerca de dois milhões de habitantes, é a cidade mais populosa do país, com mais de 500 anos de história. Situada no oeste da Bolívia, Santa Cruz é bem diferente da maior parte das cidades bolivianas nos Andes. Mas não esconde uma característica comum de toda a América Latina: o abismo entre ricos e pobres. Na periferia, luxuosos condomínios fechados se isolam das mazelas sociais, das crianças que mendigam pelas ruas. Nessa sociedade desigual que o Papa deixará a sua mensagem.
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