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Nesta quarta-feira, 11, memória litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes e Dia Mundial do Doente, o Papa Francisco proferiu a tradicional catequese na Praça de São Pedro. Em sua mensagem destacou a família, especialmente os filhos. 

Nas últimas catequeses o Pontífice tem destacado a família em suas diversas realidades. Já falou sobre a missão das mães, dos pais e hoje traçou uma reflexão sobre a alegria que representam os filhos para os pais. 

“Os filhos são a alegria da família e da sociedade", assinalou Francisco.

O Santo Padre considerou que os filhos não podem jamais ser vistos como propriedade dos pais, pois os filhos são um dom.

“Eles não são um problema da biologia reprodutiva, tampouco um dos tantos modos de realização pessoal ou de posse dos próprios pais. Os filhos são um dom. Cada um é único e irrepetível e, ao mesmo tempo, inconfundivelmente ligado às suas raízes. Segundo os desígnios de Deus, os filhos trazem em si a memória e a esperança de um amor que lhes deu origem, de forma original e nova”, disse. 

Tomando como exemplo a figura do profeta Isaias, que diz: “Os seus filhos se reuniram e vêm até você. Os seus filhos vêm de longe; suas filhas vêm carregadas no colo. Então, bastará ver e seu rosto se iluminará, seu coração parecerá explodir de emoção”, o Papa mencionou essa "esplêndida imagem da felicidade", que apresenta o encontro dos pais com os filhos, que caminham juntos, rumo a um futuro de liberdade e de paz, depois de um longo tempo de privações e separação.

Francisco frisou que os filhos devem ser amados por aquilo que são e não por serem bonitos, bons, saudáveis ou pensar como seus pais, ou encarnar os seus desejos. 

“Daqui vem a profundidade da experiência humana de ser filho ou filha, que nos permite descobrir a 'dimensão mais gratuita do amor': a beleza de ser amados por primeiro, antes de dar os primeiros passos ou de falar e pensar, antes mesmo de virem ao mundo. Os filhos são a condição fundamental para conhecer o amor de Deus”, pontuou. 

A partir disso, destacou como exemplo Deus Pai, que deixa cada pessoa livre, porém nunca sozinha. "Nosso Pai celeste quer que seus filhos sejam corajosos e progridam sempre na vida. Os filhos, por sua vez, não devem ter medo de construir um mundo novo, melhor do que aquele que receberam". 

Na relação entre os pais e os filhos, o Papa considerou ainda a proposta do quarto mandamento da Igreja, que pede que os filhos honrem seus pais. "Uma sociedade de filhos que não honram os pais é uma sociedade sem honra". Por isso, os filhos devem olhar para Jesus, o Filho eterno, para aprenderem "a ser filhos melhores, com os nossos pais na terra e com o nosso Pai no Céu", refletiu.

Ao término da sua catequese semanal, o Papa Francisco pediu alguns momentos de silêncio para que os pais pensem em seus filhos e que os filhos pensem em seus pais em agracecimento ao dom da vida.

Antes de se despedir dos fiéis, o Santo Padre pediu orações pelo Consistório, que acontecerá nos próximos dias, e recordou que hoje se celebra a memória litúrgica de Nossa Senhora de Lurdes e a 23ª Jornada Mundial do Enfermo. Por fim, concedeu a sua Bênção Apostólica.