Ao longo de seus 10 anos de pontificado, Papa Francisco se encontrou algumas vezes com Martin Scorsese, o cineasta vivo mais indicado a Melhor Diretor no Oscar, e nutriu uma proximidade em seus encontros, que deram inspiração para a criação de seu próximo filme baseado em Jesus.
Martin Scorsese, entrevistado pelo diretor do L'Osservatore Romano, Andrea Monda, disse em 2020 sobre o Papa:
“Quando penso no Papa Francisco, devo dizer que a primeira palavra que me vem à mente é compaixão. Você lê as palavras do Santo Padre e fica cara a cara com ele e percebe que ele é um homem que vê o fundamento espiritual da Igreja. A Igreja Católica é uma instituição vasta, é uma tradição, é uma companhia, uma organização enorme. Mas na sua essência não se trata de assuntos humanos ou mundanos, mas de espírito. Esta é a pedra, o fundamento: a prática e o seguimento vivo do exemplo de Cristo. O Papa Francisco repete isso e pede que o reconheçamos. Acho extraordinário que este homem seja o nosso Papa, é uma bênção. E considero uma bênção tê-lo conhecido”.
Dessa amizade inusitada, vale retirar ensinamentos e reflexões:
Em 2018 aconteceu o primeiro encontro entre os dois. Scorsese fez uma pergunta ao Papa, dentre outras perguntas de jovens e idosos ao Pontífice, durante o encontro no Instituto Patrístico Augustinianum, em Roma, no evento “Compartilhando a sabedoria do tempo”.
Contando sua experiência pessoal, na rua, em meio à violência e ao sofrimento, ele perguntou como a fé de um jovem ou de uma jovem pode sobreviver no “furacão” que muitas vezes é a vida. O Papa respondeu:
“Diante dessa violência, dessa crueldade, dessa destruição da dignidade humana, o choro é humano e cristão. Pedir a graça das lágrimas, porque o choro amolece o coração. Chorar é fonte de inspiração. Jesus, nos momentos mais difíceis de sua vida, chorou. No momento em que viu o fracasso de seu povo, Ele chorou sobre Jerusalém. Chorar. Não tenham medo de chorar por essas coisas: somos humanos”.
Francisco e Scorsese compartilham da paixão por Dostoiévski, autor russo de várias obras, entre elas a mais famosa “Crime e Castigo”, fonte de inspiração do Pontífice em catequeses, discursos e entrevistas.
Para Scorsese, os romances serviram de pano de fundo para sua obra que, numa entrevista à La Civiltà Cattolica por ocasião do lançamento do filme “Silêncio”, em 2016, sobre missionários mártires no Japão, disse ter sido abordado pela espiritualidade, ou seja, pela pergunta sobre o que somos nós, seres humanos, de como a fé pode ajudar os homens e mulheres do nosso tempo nas experiências às vezes malsucedidas e dolorosas da vida.
Scorsese está atualmente trabalhando em um filme sobre Jesus. Ele mesmo anunciou isso meses atrás, e recentemente deu detalhes sobre o filme, que durará apenas 80 minutos, será ambientado no presente e se concentrará na pregação de Cristo.
A inspiração, disse o diretor de cinema à imprensa americana, veio do Papa Francisco e de seu apelo ao mundo da arte: “Respondi da única maneira que sei: imaginando e escrevendo um roteiro para um filme sobre Jesus”, explicou Scorsese.
:: Assista a webdocumentário produzido pelo A12 sobre o Papa Francisco
Fonte: Vatican News
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