Por João Antônio Johas Leão Em Santo Padre

Os grandes papas do Vaticano II: Paulo VI

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Giovanni Battista Montini nasceu no dia 26 de setembro de 1897 em Concesio, ao norte da Itália. Foi eleito Papa logo depois da morte de seu predecessor, o Santo João XXIII, no dia 21 de junho de 1963, em meio às realizações do Concílio Vaticano II.

Paulo VI, deu prosseguimento às atividades do Concílio, conduzindo-o até o fim no ano de 1965. Como ele mesmo diz na homilia de encerramento do Concílio, seu desejo era de que: “possa acender essa nova chispa da caridade divina em nossos corações; uma chispa que pode chegar o fogo aos princípios, às doutrinas e aos propósitos que o Concílio predispôs, e que assim inflamados de caridade, possam de fato operar na Igreja e no mundo aquela renovação de pensamentos, de atividades, de costumes, e de força moral e de alegria e de esperança, que foi o fim do Concílio”.

O Concílio Vaticano II foi o maior acontecimento da Igreja no século XX e os resultados de todas as reflexões e propostas ainda estão afetando diretamente a vida eclesial. Uma das palavras chaves do Concílio é “Aggiornamento” e, para entender o que ela significa precisamos olhar para o Papa João XXIII, que foi quem a fez popular, para depois entender como Paulo VI se esforçou para colocá-la em prática.

Com essa palavra italiana, João XXIII quis marcar uma das linhas principais do Concilio Vaticano II que pode ser traduzida como uma renovação em continuidade. Isso é muito importante entender porque não se trata apenas de uma modernização a todo custo da Igreja, mas em um “colocar-se em dia”, ou seja, trazer tudo o que de essencial sempre existiu e precisa continuar existindo, mas apresentá-lo de uma maneira nova, para que mais pessoas possam conhecer a mensagem única e sempre nova da fé Católica.

Aggiornamento é renovar o que pode ser renovado com a finalidade de apresentar o que é sempre novo (A Boa Nova do Evangelho) de maneira que essa novidade atinja ao máximo de pessoas possíveis. O Papa Paulo VI, assim como os demais papas depois dele, teve a grande missão de 'dar vida' a todas as reflexões do Concílio, de buscar colocar em prática esse Aggiornamento que os Padres Conciliares viam que era tão necessário.

Um grande marco no Pontificado de Paulo VI foi a publicação da Carta 'Encíclica Humanae Viatae', que falava sobre a regulamentação da natalidade. Foi uma carta muito discutida naquele momento e que até hoje provoca alguns receios. Não quero entrar no conteúdo específico da encíclica porque tomaria muito tempo, mas acho que ela é um exemplo claro de que o Aggiornamento não é apenas “modernizar” a Igreja com os pensamentos mais atuais. Na carta o Santo Padre defende o que a Igreja sempre defendeu sobre o controle de natalidade e o uso dos métodos, justamente porque esses conceitos estão de acordo com os princípios da fé Cristã e que não mudarão nunca.

Muitas pessoas estavam esperando uma mudança mais “radical” que nunca veio, nem nunca poderá vir. O que aconteceu e que continua acontecendo é uma mudança na maneira de comunicar o mesmo Evangelho anunciado por Jesus. Essa é a tarefa que vive a Igreja hoje, em meio a um mundo que parece cada vez mais incapaz de escutar a mensagem da Boa Nova de Cristo. Essa é a tarefa de cada um dos católicos, que precisam encontrar maneiras novas e criativas de anunciar a única, e sempre nova, mensagem de Jesus.

O Papa Paulo VI morreu no dia 06 de agosto de 1978. 

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