A Sala de Imprensa da Santa Sé confirmou neste sábado (26), que o Papa emérito Bento XVI concelebrará com o Papa Francisco a Missa de Canonização dos beatos João Paulo II e João XXIII, amanhã (25) na Praça São Pedro.

Padre Federico Lombardi, no início do último briefing sobre o histórico evento, deu a notícia tão esperada nos últimos dias:
"O Papa emérito Bento XVI aceitou o convite e comunicou ao Papa Francisco que estará presente amanhã de manhã na celebração e que concelebrará. Portanto, será também concelebrante, o que não quer dizer que vá até o altar. Estarão no altar concelebrando, seguramente, o Cardeal Sodano e Giovanni Battista Re, o Cardeal Dziwisz, o Cardeal Vallini e o Bispo de Bérgamo. O Papa Emérito, por sua vez, estará com os cardeais e bispos à esquerda do adro e estaremos todos alegres pela sua presença", assinalou.
Bento XVI fala sobre seu predecessor em primeira entrevista depois da renúncia
O Papa emérito Bento XVI concedeu a sua primeira entrevista após ter renunciado ao pontificado em fevereiro do
Bento XVI recorda ter dito ao Papa polaco que tinha de “descansar”, ao que este lhe respondia que o podia fazer “no céu”, para sublinhar a necessidade de entender a vida de Karol Wojtyla (1920-2005).
“Só a partir da sua relação com Deus é possível perceber o seu incansável empenho pastoral. Deu-se com uma radicalidade que não pode ser explicada de outra forma”, refere o Papa emérito.
Bento XVI beatificou João Paulo II no dia 1º de maio de 2011, após ter dispensado o período canônico de cinco anos de espera após a morte para iniciar o processo de canonização.
Bento XVI, enquanto cardeal, foi um dos mais diretos colaboradores do Papa polaco ao longo de mais de duas décadas, enquanto prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, acabando por ser eleito como seu sucessor, em abril de 2005.
“Percebi de imediato o fascínio humano que dele emanava e como rezava, compreendi como estava profundamente a Deus”, recorda o Papa emérito.
Bento XVI destaca ainda os desafios levantados pela necessidade de promover uma “correta compreensão” do ecumenismo, do diálogo inter-religioso e da relação entre Igreja e Ciência.
Na última parte da entrevista, coloca em relevo a sua relação de proximidade com o futuro santo. “Muitas vezes teria tido motivos suficientes para culpar-me ou pôr fim à minha missão de prefeito, mas apoiou-me sempre com uma fidelidade e uma bondade inexplicáveis”, lembra.
O Papa emérito destaca ainda que nunca teve intenção de “imitar” o seu predecessor, mas diz que procurou “levar por diante a sua missão e a sua herança”. “Estou certo de que ainda hoje a sua bondade me acompanha e a sua bênção me protege”, conclui.
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