O Papa Leão XIV publicou nesta segunda-feira, 6 de outubro, o motu proprio Coniuncta cura, que estabelece novas normas sobre as atividades de investimento financeiro da Santa Sé.
O motu proprio busca clarificar as funções dos organismos que administram os bens do Vaticano e reforçar a transparência na aplicação dos recursos, mostrando que a gestão financeira deve estar a serviço da missão da Igreja.
.:: Como a Igreja administra seus bens e recursos
A Carta Apostólica define que a Administração do Patrimônio da Sé Apostólica (APSA) continua responsável pelos investimentos, mas pode recorrer à estrutura do Instituto para as Obras de Religião (IOR), o chamado “Banco do Vaticano”, para executar as operações. Essa colaboração deverá seguir critérios de eficiência e responsabilidade compartilhada.
.:: O Papa e a missão de governar a Igreja
O novo texto revoga o rescrito de agosto de 2022, que atribuía ao IOR a exclusividade na gestão dos recursos financeiros. Agora, a orientação é de trabalho conjunto entre os dicastérios, garantindo que cada órgão exerça suas funções com comunhão e responsabilidade.
Segundo o documento, a decisão busca consolidar normas que se ajustaram ao longo do tempo e promover uma cultura de corresponsabilidade na administração dos bens, garantindo que eles sejam sempre utilizados de forma ética e transparente.
Para os fiéis, o motu proprio lembra que a boa gestão dos bens da Igreja faz parte da evangelização, permitindo que os recursos atendam às necessidades da missão e dos mais pobres.
“A administração dos bens deve sempre refletir o cuidado da Igreja por aqueles que mais precisam”, destaca o Papa.

Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.