Ainda pequena, mudou-se com a mãe e outros familiares para a cidade de Baependi, onde passaria o resto da vida. Seguindo o conselho da mãe, nunca se casou, para assim se dedicar a Deus e às pessoas mais necessitadas.
Quando migrou para a cidade que a tornaria notória, Nhá Chica trouxe consigo uma imagem bem simples de Nossa Senhora da Conceição, a mesma que hoje se encontra exposta no Santuário em Baependi.
Sua devoção à Nossa Senhora mudaria sua vida e contribuiria para torná-la uma das figuras de maior devoção na região sudeste do Brasil.
Conta a tradição oral que a imagem havia pertencido à sua avó materna. A "pequenina santa" sempre acompanhou Nhá Chica, e era em frente a Ela que fazia suas preces e pedidos. Sonhava sempre com Maria e nos sonhos vinham muitas vezes as soluções dos problemas ou o pedido de alguma atitude.
Sua história mostra que era procurada por pessoas de todas as classes sociais, desde pessoas ricas e até autoridades do império, a indivíduos carentes de corpo e de espírito, que buscavam ajuda, conselhos ou serem confortados diante de dificuldades.
::. REVEJA A REPORTAGEM ESPECIAL DO A12 SOBRE O SANTUÁRIO DE NHÁ CHICA
Em 1865, Nhá Chica iniciou sua longa jornada para a construção da capela em devoção à Nossa senhora da Conceição. Pagou uma licença de dois mil réis à Câmara Municipal de Baependi e começou os esforços para a edificação do templo.
Ela levou cerca de trinta anos para concluir a construção da capela, iniciada em 1867. Henrique Monat descreve em seu livro “Caxambu 1894” o relato de Nhá Chica sobre a preocupação como término da obra:
"Nossa Senhora me ouviu sempre (...) Eu só tenho medo de não acabar a minha igreja, por isso rezo toda noite assim: - Vancê não me engane, deixe-me acabar o frontispício, depois pode me levar. Eu hei de acabar a igreja, o poder de Deus é grande".
Após o falecimento da Beata Nhá Chica, em 1895, a Capela de Nossa Senhora da Conceição passou aos cuidados da Paróquia Santa Maria de Baependi.
Em 1942, seus responsáveis decidiram por demoli-la, alegando que era pequena para receber o grande número de fiéis que aumentava a cada ano.
Nessa época, a Igreja de Nossa Senhora da Conceição começou a ser reconstruída no mesmo lugar da antiga capela, sem que o túmulo de Nhá Chica fosse removido do local. Sua inauguração aconteceu em 14 de junho de 1945, e um diferencial que chamou a atenção foi a imagem do Cristo Redentor no alto da torre, abençoando a cidade.
Em 1969, aconteceu a segunda grande reforma, sob cuidados das Irmãs Franciscanas do Senhor, juntamente com os devotos de Nhá Chica. Foi realizada a ampliação da nave e construída uma nova torre no formato atual.
A "Igrejinha de Nhá Chica", após ter passado por algumas reformas que alteraram bastante seu aspecto original, é hoje o Santuário Nossa Senhora da Conceição, localizado no Centro da cidade e que acolhe peregrinos de todo o Brasil e de diversas partes do mundo.
Nhá Chica levou uma vida simples. Residia no alto da Colina da Conceição. Sua pequenina casa, simples, de chão batido, tinha poucos móveis, sendo sua cama apenas um catre sem colchão. Apesar da simplicidade extrema, recebia a todos que necessitavam de algum auxílio, sem distinção.
Nhá Chica espalhava sua fé em Nossa Senhora da Conceição por meio de conselhos e mensagens de esperança, baseadas na fé e na caridade. Por isso, ainda desde muito cedo, foi chamada de Mãe dos Pobres e aclamada pelo povo, ainda em vida, como a ‘Santa de Baependi’.
Nhá Chica morreu em 14 de junho de 1895, aos 87 anos, mas foi sepultada somente no dia 18, no interior da Capela por ela construída.
Relatos dão conta de um misterioso perfume de rosas que exalou de seu corpo durante os quatro dias de velório.
Tal perfume foi novamente sentido no dia 18 de junho de 1998, 103 anos depois, por Autoridades Eclesiásticas e por membros do Tribunal Eclesiástico pela Causa de Beatificação de Nhá Chica.
A mineira foi beatificada em 04 de maio de 2013.
Os restos mortais de Nhá Chica estão hoje embaixo do colchão onde se encontra a imagem de cera de Nhá Chica deitada em uma esfera de vidro dentro do Santuário, onde são venerados pelos fiéis. Nela, está inscrita a frase: “Isto acontece porque eu rezo com fé”.
"Eu não sou santa. Eu apenas rezo. E Deus, pela intercessão de sua mãe, atende os meus pedidos", dizia Nhá Chica.
Sua profunda fé, pelas mãos de Maria, dava à beata a certeza de que quem operava era Deus. A tarefa de Nhá Chica era apenas pedir.
Pessoas curadas, causas ganhas, graças alcançadas, escolhas acertadas... Tudo acontecia, porque Nhá Chica rezava com fé.
Fonte: santuarionhachica.com.br / minasgerais.com.br / Vatican News
Reflexão da Semana: ser próximo como o Bom Samaritano
Na parábola do bom samaritano, reflita o ensinamento de Jesus sobre a verdadeira fé se revelar na misericórdia concreta.
Leão XIV diz que uso da Inteligência Artificial deve respeitar valores humanos
Papa envia mensagem à Cúpula da Inteligência Artificial para o Bem e destaca que a IA deve ser aliada e respeitar a riqueza das relações humanas.
Envelhecer bem é possível, mas como?
O livro “A Arte de Envelhecer” mostra como chegar aos 60 anos com dignidade e traz reflexões atuais sobre a terceira idade no Brasil.
Boleto
Carregando ...
Reportar erro!
Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:
Carregando ...
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.