Ao encerrarmos o mês de maio — mês das mães e mês de Maria —, o calendário da Igreja nos coloca diante de um acontecimento profundo e cheio de significado: “a Visitação de Nossa Senhora” (Lc 1, 39-56). O encontro de duas mães: Isabel, que, embora idosa, por obra divina, trazia em seu ventre João Batista; e Maria, uma jovem que portava em seu ventre Jesus, o Cristo.
O episódio da Visitação de Nossa Senhora é uma das passagens mais belas do Evangelho. Nele, contemplamos Maria que, após ser visitada pelo anjo Gabriel, parte apressadamente para a região montanhosa, indo ao encontro de sua prima Isabel, não apenas para visitá-la, mas para servi-la. Essa cena, marcada pela alegria do encontro e pelo serviço generoso, ilumina a ação de toda a Igreja e, de modo especial, a espiritualidade redentorista, no modo como cada missionário é chamado a viver o carisma da Congregação.
Maria é mãe e modelo da Igreja, como afirma o Concílio Vaticano II (LG, 53); por isso, é meditando em seus exemplos que aprendemos como ser discípulos-missionários de seu Filho. Ela, levando Jesus ainda em seu ventre, torna-se a primeira missionária. Não guarda para si o dom recebido, mas se põe a caminho rumo à casa de Isabel, a fim de comunicar a Boa-Nova. Vai apressadamente; as dificuldades da região montanhosa não foram, para ela, um empecilho, pois alguém precisava de sua ajuda e ela não se fez indiferente.
A Visitação é um verdadeiro paradigma missionário; por isso, o carisma redentorista do anúncio explícito da Boa-Nova do Evangelho, sobretudo aos pobres e abandonados, tem na Visitação um modelo e exemplo para o seu agir.
Não é possível meditar esse evento do Evangelho sem pensar em tantos missionários que, movidos pelo exemplo de Maria, não medem esforços para levar Jesus àqueles que necessitam. A começar por nosso fundador, Santo Afonso, que, em seu tempo, também se dirigiu apressadamente à região montanhosa de Nápoles para anunciar a Copiosa Redenção aos cuidadores de cabras que ali viviam.
A Visitação é uma constante lembrança de que só poderemos anunciar o Senhor se antes o trouxermos no íntimo do nosso ser; é preciso ter Jesus em nós para anunciá-lo eficazmente. Por isso, o missionário deve ser homem de oração e cheio da presença de Deus, que não espera que as pessoas venham a si, mas toma a iniciativa de ir ao encontro.
Na espiritualidade profundamente mariana transmitida a nós pelo fundador, temos, em Maria, Mãe sempre pronta a interceder por nós e a visitar-nos em nossas necessidades, também um exemplo seguro de como agir em nossa vida missionária. Por isso, na Visitação de Nossa Senhora encontramos as características próprias do missionário: prontidão, serviço e intimidade com o Senhor, para poder comunicá-lo.
Que o profundo mistério da Visitação de Nossa Senhora continue a inspirar nossa Congregação Redentorista, que é, em sua essência, missionária e mariana.
Pe. Guilherme Dias Viana, C.Ss.R.
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