Redentoristas

Vida religiosa: a história vocacional do padre Alberto Pasquoto

Escrito por Elisangela Cavalheiro

14 FEV 2014 - 08H42 (Atualizada em 14 SET 2023 - 12H17)

A Vida Religiosa é uma forma de pertença a Deus e a Cristo,
uma adesão amorosa ao Evangelho e ao Reino de Deus.

Padre Alberto Pasquoto é um missionário redentorista que veio de uma família simples, vivia do trabalho no campo em Tietê, interior de São Paulo. Padre Alberto lembra que o chamado de Deus em sua vida aconteceu quando tinha sete ou oito anos, e que sua família acolheu sua decisão com alegria. “Lembro do primeiro toque de Deus no meu coração, vendo o padre celebrar a Santa Missa; eu olhava pra ele e queria ser padre, e queria rezar a missa como ele rezava”, recorda. Aos 10 anos, junto com seu pai, o menino tímido pegou o trem e chegou ao seminário em Aparecida (SP), onde iniciou um caminho de dedicação ao Reino de Deus. 

Ao olhar para a sua vida religiosa, ele recorda com muita gratidão a Deus pelas inúmeras graças que alcançou em sua vida. 

Em seu ministério, a atuação no Santuário Nacional sempre foi marcante. Atendendo confissões, pregando no altar ou junto aos doentes, padre Alberto disse fazer o que ele chama de "pastoral do enrosco", o jeito carinhoso de se referir ao final de cada celebração, quando ao sair do Altar Central até à sacristia, ele vai se "enroscando" com o povo, que pede mais uma bênção do padre.  

Ouça a entrevista especial que o A12 realizou com padre Alberto Pasquoto. 

O chamado, a família, a escolha pela vida religiosa:

"Desde quando eu nasci lá na minha terra, no bairro Ribeirão Fundo, pertencente a cidade de Tietê, São Paulo, numa família católica participante - éramos onze irmãos, meus pais trabalhando na roça com meus irmãos, meus tios, meus primos, formando uma colônia - eu me sentia bem acolhido e fui crescendo, rezando juntos em família, na capela e na comunidade, recebendo a visita do padre redentorista que vinha de Tietê para celebrar algumas vezes em uma capela, e ele se hospedava em nossa casa. Todos os dias a mamãe me chamava, eu me lembro, e parece que estou escutando até hoje a voz dela à tardezinha dizendo assim: 'Berto, vem lavar os pés para rezar o terço', e a gente se reunia ao redor da cama dos meus pais com os irmãos, rezando o terço todos os dias. (...) Naquela vida tranquila de trabalho dos meus irmãos, eu ajudava no que podia, tinha uma vida feliz, e eu me lembro o primeiro toque de Deus no meu coração, vendo o padre celebrar a Santa Missa; eu olhava pra ele e queria ser padre, e queria rezar a missa como ele rezava".

A profissão dos votos religiosos e as dúvidas e expectativas:

"Quando eu fiz os votos era uma mistura de temor, de expectativa, de mudança e também de decisão. De um lado, a gente queria ser todo de Deus, jogar a vida toda pra Deus a serviço da Congregação, do povo de Deus, e de outro, a gente não sabia como que iria ser isso? Que dificuldades iria encontrar? Era um futuro incerto, sabia que teria que estudar e trabalhar... Mas foi importante que a oração que a gente fazia, todos os dias nos levava para a confiança”.

A 'pastoral do enrosco' e a missão junto aos romeiros de Nossa Senhora no Santuário Nacional:

Ivan Simas
Ivan Simas


Reprodução
Reprodução

"Eu vejo aqui no Santuário aquela frase forte: 'Acolher bem também é evangelizar'. No contato com o povo, eu sinto que eles querem tocar no padre, querem uma fotografia, querem uma bênção especial, querem falar dos seus problemas, e eu até brinco que tenho a 'pastoral do enrosco'. Do caminho do altar até a sacristia é um caminho longo e você fica enroscando o tempo todo. E essa 'pastoral' para acolher para escutar, para dar uma palavra de ânimo e de coragem (...) essa missão que sinto que eu devo ter agora, de acolher, perdoar, ter carinho e misericórdia com o povo".

[Padre Alberto foi reitor do Santuário Nacional de 1988 a 1990. No detalhe da foto acima, imagem na galeria dos Missionários Redentoristas que fica na Secretaria de Pastoral.]

A mensagem aos jovens que desejam seguir a vida religiosa:

"Não há crise no chamado de Deus, Deus continua chamando para continuar a missao Dele. Seja como leigo, como solteiro ou casado, e principalmente como religioso e religiosa. Ele não falha, Ele chama. É importante a gente estar atento à voz de Deus". 


Biografia 

Nasceu em Tietê-SP, 19/10/1939; em 1950 entrou no Seminário menor Redentorista em Aparecida-SP; em 1958 fez o Noviciado em Pindamonhangaba-SP; o Seminário Maior, Filosofia e Teologia em Tietê de 1959 a 1964; foi ordenado Sacerdote em 1º/07/1964, em Tietê.

Atividades pastorais:
Professor e formador (12 anos) nos Seminários de Aparecida, Sacramento-MG e Recife-PE; Promotor vocacional (7 anos); Missionário popular em vários Estados (3 anos); coordenador e pregador de cursos e retiros da Conferência dos Religiosos do Brasil-CRB (3 anos); Reitor do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida (3 anos); superior de comunidade, reitor de igreja e conselheiro provincial (6 anos); vigário e pároco em Aparecida (6 anos); atualmente (há 6 anos) trabalha no atendimento dos peregrinos no Santuário Nacional. Desde o dia 10 de maio de 2010 até 2013 reza a Novena de Nossa Senhora Aparecida na TV Aparecida.


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