Por Redentoristas Em Obras Sociais

CAS Santíssimo Redentor realiza Roda de conversa sobre a Lei Menino Bernardo

Conhecida pejorativamente como “Lei da Palmada”, a Lei n.º 13.010/14 que recebeu o nome de Lei Menino Bernardo, e que, estabelece o direito da criança e do adolescente de serem educados e cuidados sem o uso dos castigos corporais ou tratamento cruel e degradante. O novo nome é uma em homenagem ao garoto Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos, que foi encontrado morto no ultimo mês de abril, no Rio Grande do Sul.

Em razão da polêmica criada pela falta de esclarecimento por pais e familiares de crianças e adolescentes, o CAS Santíssimo Redentor (Aparecida – SP) promoveu no dia 20 de Agosto uma roda de conversa que contou com a participação da Psicóloga Ellen Rabelo para a condução desta reflexão, a fim de elucidar o tema e promover troca de experiências que apoiem as famílias, fortalecendo-as e capacitando as para que essas superem as práticas educativas violentas, como os castigos físicos e humilhantes.

No início do encontro, a psicóloga propôs uma dinâmica simples, possibilitando ao grupo uma reflexão sobre a educação dos filhos, e de como muitas vezes, persistimos em métodos que nem sempre levam ao resultado esperado, sem perceber que existem outros meios de educa-los.

A partir desta reflexão, os participantes puderam expor o que sabiam em relação à lei, e a psicóloga Ellen explicou que o objetivo da Lei Menino Bernardo não é tirar a autoridade dos pais ou responsáveis, mas, reforçar o que já era previsto na Constituição Federal:

“é dever, não apenas da família, mas também da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à dignidade e ao respeito, além de colocá-los a salvo de toda forma de violência, crueldade e opressão (art. 227).”

A função primordial da nova lei não é punir os pais, mas mudar a cultura de violências que existe no Brasil. Trata-se de um “basta” em excessos cometidos não só nas periferias, mas em todas as classes sociais.

Ellen também pontuou que violência definitivamente não é educar, na maioria das vezes é apenas uma forma descarregar a raiva, um ato de descontrole.

No diálogo com os pais surgiram exemplos de como reforçar bons comportamentos e lidar com situações incômodas: “como as birras e chantagens, reforçar que a decisão final é sempre do adulto, fazer pequenos acordos e dialogar sobre as consequências de descumpri-los, aplicar a consequência combinada, não fazer ameaças que possam gerar desespero ou que não poderão ser cumpridas” (exemplos: dizer que vai abandonar os filhos, que vai quebrar os dentes), ter rotina e, principalmente, ser o bom exemplo.

Ellen reforçou ainda que, se quisermos uma sociedade sem violência devemos começar dentro de casa, uma vez que os filhos vão reproduzir aquilo que aprenderem em casa. Além do mais, quando um adulto chega a usar a força física contra uma criança já começou perdendo o jogo. Perdeu o controle sobre a criança, perdeu o controle sobre si mesmo.

Nesse sentido, o Centro de Assistência Social Santíssimo Redentor se une as famílias procurando, juntos, assegurar a toda criança e adolescente o direito de crescerem e se desenvolverem livres de praticas punitivas e disciplinares que causem dor, sofrimento, humilhação e promover o diálogo, a tolerância e a paz na delicada relação entre pais e filhos.

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