Por Vânia de Cássia Galvão Martins Em Obras Sociais

Conhecendo melhor o CAS Perpétuo Socorro

Conhecendo melhor o CAS Perpétuo Socorro

Conhecendo melhor o CAS Perpétuo Socorro

O CAS Perpétuo Socorro está localizado na cidade de São João da Boa Vista – SP, cidade fundada em 24 de junho de 1821. De Acordo com último CENSO (2010), a população era de 83.661 habitantes, com IDH de 0,797, considerado o 28° melhor do estado de SP. A sua participação no mercado estadual é número 79, e no mercado nacional é 248. A cidade tem 415 indústrias, 1.404 prestadores de serviços, 42 agronegócios e 10 agências bancárias, além de ter 2.432 estabelecimentos comerciais. Apesar dos bons indíces de desenvolvimento, na cidade são encontradas diversas vulnerabilidades que justificou a implantação do CAS Perpétuo Socorro.

O CAS Perpétuo Socorro teve início em novembro de 2009, nas dependências da Paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, com o atendimento personalizado às famílias, através do Projeto SOS Família V. Anterior a isso, era desenvolvido por voluntários paroquianos, um trabalho com enfoque assistencialista, com distribuição de cestas básicas, surgindo à necessidade de desenvolver ações tipificadas com as famílias beneficiadas. As mudanças foram muitas e os desafios também, visto que culturalmente é observado na cidade uma população caridosa que com boa intenção, sustentavam-se um modelo assistencialista e de dependência nos beneficiários. Com as transformações do serviço, seguindo as legislações, buscou-se despertar nos assistidos uma participação ativa, sendo um processo longo e um desafio que ainda se enfrenta. Além da mudança de visão e intervenção para efetuar a prestação de serviços conforme demanda apresentada, foi necessário a contratação de técnicos e construção de prédio próprio para garantir melhor atendimento as famílias assistidas.

Em novembro de 2012 mudou-se para a nova sede, ampliando assim o atendimento realizado, desenvolvendo os Programas SOS Família (2009), Semear (2013), Vida Ativa (2013), Inclusão Digital (2014) e Inclusão Jovem em 2016. Serviços diversos são ofertados de maneira gratuita aos beneficiários, sendo que em cada Programa é proposto oficinas compatíveis para abordar temas importantes, visando o acompanhamento familiar, despertando a transformação e o protagonismo social. No Programa SOS Família, são desenvolvidos atendimentos individuais e grupos psicossociais, visitas domiciliares, oficina de artesanato, informática e reunião socioeducativa mensal, destinado para indivíduos com mais de 18 anos. O Programa Semear é desenvolvido para crianças e adolescentes de 06 a 15 anos, em período contra-turno escolar, com oficinas pedagógicas, físicas, informática, grupo psicossocial, educação ambiental, orientações individuais e coletivas, visitas domiciliares. O Programa Vida Ativa é destinado para idosos acima de 60 anos, com oficinas de ginástica, informática e grupo psicossocial. Por fim, o Programa Inclusão Jovem é destinado para adolescentes de 15 a 18 anos, com oficinas de informática, artesanato e grupo de psicologia.

Há no CAS alguns exemplos de beneficiários que usufruem do serviço de maneira ativa, tendo a instituição como apoio ao enfretamento das situações de fragilização vivenciadas. Dentre esses assistidos, se destacam alguns pelo interesse, participação e retorno positivo que dão ao CAS o que gratifica e motiva a equipe a continuar desenvolvendo os serviços da melhor forma possível. Demonstra-se nesses depoimentos a importância do trabalho desenvolvido, como exemplo:

Helen (22 anos). A mesma participa de várias atividades, no momento não recebe o vale alimentação, participa pelo vínculo e apoio que tem no CAS e ao ser questionada o que representa o CAS na sua vida e o que mudou após sua participação, deu a seguinte resposta: “Eu tô no CAS à quase 3 anos e eu acho que mudou principalmente minha convivência na família. Aprendi a ouvir meus filhos, pensar antes de falar, aprendi a demonstrar meu sentimento. Gosto de convivência em grupo e aprendi a respeitar a opinião dos outros. Aprendi a ter as coisas básicas para ter um emprego (informática). Aqui venho não por causa do vale, mas porque gosto de participar e aprender coisas novas.”(sic.) Outro exemplo de participação é de Maria (50 anos), segue depoimento: “Participar aqui no CAS pra mim foi uma benção de Deus, ... tenho vários problemas ... ucêis dá atenção, ucêis escuta ... os problemas que passei, ucêis me deu maior apoio.... aqui ucê vem, aprende, ouve, ucê fala, ucê toma um belo café, tem o vale de R$ 100,00 que ajuda pelo menos com o mantimento, as palestras daqui é muito boas, aprende muita coisa. As crianças que fica aqui, são muito bem tratado, são bem alimentado, tem atividade para eles. Pena que eu não conheci aqui antes, por que se tivesse conhecido antes tinha melhorado mais minha vida, porque antes de participar aqui eu era muito brava, muito agressiva, muitas coisas eu não sabia distinguir, não sabia responder e aqui eu aprendi tudo, eu aprendi qual a hora de falar, a hora de ficar quieta, tem hora que cê tem que fica brava mas com jeito e não na estupideza, então aqui para mim tem sido uma bença e não só pra mim, pra todos que participa aqui. Eu gosto muito do cêis, o serviço é excelente, aqui é um lugar limpo, arejad, ajuda muito as pessoas.” Outro exemplo de participação é do adolescente Gabriel (12 anos), que foi um dos primeiros a frequentar as atividades do Programa Semear em 2013, e desde então frequenta assiduamente as atividades, para ele: “As atividades são boas para arranjar trabalho no futuro, como a informática. A atividade de Educação Física é boa para desenvolver o corpo e é um lugar bom para frequentar.”

Atualmente a equipe do CAS é composta por coordenadora, psicóloga, assistente social, auxiliar administrativo, pedagoga, monitor de informática, educador físico, educadora social, serviços gerais, estagiária e prestadores de serviços com empresa Trilha Educar, totalizando 13 colaboradores. Atende-se no CAS em torno de 140 famílias, 190 beneficiários, totalizando em média de 1.600 atendimentos mensais. A equipe está sempre buscando formas de garantir a qualidade prestação de serviços, lembrando sempre do patrono Santo Afonso, com a missão “Não basta fazer boas obras, é preciso fazê-las bem.”

Vânia de Cássia Galvão Martins

Coordenadora

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