Por Thamara Gomes Em Notícias

Testemunho Vocacional: Ir. Ernesto Coelho

Continuando com a série de testemunhos vocacionais, vamos conhecer melhor a história do ir. Ernesto Coelho, promotor vocacional, com os missionários redentoristas.

1- Com quantos anos teve o primeiro contato com os redentoristas e aonde?

Ir. Ernesto Coelho C.Ss.R.

Fiz o primeiro contato com os redentoristas aos 19 anos na cidade de Tatuí, através do Irmão Joaquim, que deixou a congregação anos mais tarde. Ele também é de Tatuí.

2- Passou por algum tipo de acompanhamento vocacional? Qual a importância desse acompanhamento para esse discernimento?

Na época o acompanhamento era diferente do que é hoje. O jovem escrevia para o seminário e recebia do promotor vocacional alguns panfletos com fotos do seminário e os critérios exigidos para ingresso. Nesses critérios constavam: seriedade nos estudos, vida de oração, participação nos sacramentos, saúde física e mental e reta intenção. Encontros não existiam. O responsável pelas vocações, durante o ano fazia as visitas domiciliares para conhecer o vocacionado e sua família. Ele não avisava o dia que chegava porque na época ninguém tinha telefone. Chegava de surpresa. Era assim o acompanhamento. Quem me ajudou a discernir minha vocação foi o padre da minha paróquia. Era ele que me incentivava a seguir o caminho.

3- Com quantos anos você entrou para congregação como seminarista?

Entrei com 24 anos no Geraldinato, nome que se dava para o Seminário São Geraldo, na cidade de Potim – SP.

4- Como você percebeu que tinha vocação para a vida missionária?

 

Ir. Ernesto com a juventude: 30 anos de vida religiosa

Antes de entrar para o seminário já fazia trabalho missionário nos bairros da cidade de Tatuí, promovendo terço nas casas, dando aula de catecismo para as crianças e adolescentes, mas a descoberta mesmo se deu na época do noviciado quando todos os noviços tinham que fazer pastoral nas fazendas. Foi ali que descobri que minha vocação era missionária. No contato com esse povo senti que Deus me chamava para a missão com o povo simples, humilde e marginalizado.

5- Como aconteceu o seu chamado?

Aconteceu num momento de oração. Era mês de outubro. Eu estava caminhando no meio da mata. Era o cair da tarde. O sol iluminava as folhas do arvoredo. Naquele momento senti vontade de falar com Deus. Comecei a rezar. Enquanto rezava sentia que a mão de Deus me tocava profundamente. Quando sai da mata, estava mudado. Disse pra mim mesmo: “deixarei tudo para seguir a vida religiosa. Eu nem sabia o que era vida religiosa. Era o ano de 1969. Nunca mais me esqueci aquela tarde linda e iluminada de outubro. Ainda hoje me lembro com saudade aquela tarde de primavera.

6- Em sua opinião, quais os principais desafios para se aceitar o chamado a vida Religiosa?

 

A vida religiosa é uma instituição que exige desprendimento, entrega, renúncia da própria família, de propriedade, abrir mão da autonomia, desapego à pátria.

Acredito que as novas gerações são carentes de estruturas para suportar ao peso da vida religiosa. A vida religiosa é uma instituição que exige desprendimento, entrega, renúncia da própria família, de propriedade, abrir mão da autonomia, desapego à pátria. O mundo capitalista não prepara as novas gerações para enfrentar dificuldades, sacrifícios, obstáculos. As opções à vida religiosa são influenciadas por esse modelo de sociedade.

7- O que mais te encanta na vida missionária?

O que mais me encanta na vida missionária é a fé, o carinho, o respeito, o acolhimento do povo humilde. Sempre que o missionário chega à casa deles, eles o acolhem com alegria, amor e não deixa o missionário sair sem oferecer alguma coisa. Isso é muito gratificante!

8- Quais os trabalhos desenvolvidos pelo secretariado vocacional hoje e como eles auxiliam os rapazes no discernimento da vocação?

 

Retiro Vocacional 2013 - Casa da Pedrinha

O Secretariado promove encontros vocacionais nas comunidades onde trabalhamos. Utiliza os meios modernos (internet, facebook, rádio, TV) para falar com o jovem e orientá-lo em seu discernimento vocacional. A equipe promoveu, este ano, vários eventos com os jovens e coordenou a peregrinação da cruz Afonsiana nas comunidades onde trabalham os redentoristas.

No dia 1º de agosto de 2013, aconteceu no Rio de Janeiro a abertura do Ano Vocacional Redentorista e a equipe do Secretariado está mobilizando toda província, os institutos filiados, os leigos redentoristas, oblatos, e a juventude missionária para celebrar este ano com muita participação.

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