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São Marcelino de Cartago
São Marcelino viveu no século V, e era alto funcionário – tabelião e tribuno – do Império Romano em Cartago, no extremo Norte da África, a poucos quilômetros da Sicília, na Itália. Não se sabe como se tornou cristão, mas era sábio e extremamente dedicado, discípulo e amigo pessoal de Santo Agostinho. Este, aliás, escreveu algumas das suas grandes obras por causa de consultas de Marcelino, como "Sobre o Espírito Santo", "Sobre a Remissão dos Pecados", e "Sobre a Santíssima Trindade". Era casado, honrado pai de família, conhecido e estimado por sua bondade.

Em 411, como tribuno, participou da conferência de bispos que elegeria o futuro bispo de Cartago. Foi eleito Ceciliano, mas isto foi contestado por Donato, um bispo que argumentava ser interdito a pecadores ministrar os Sacramentos – a heresia donatista –, e como Ceciliano fôra eleito por alguns que anteriormente tinham renegado a Fé, na perseguição do imperador Dioclesiano (mas que haviam se arrependido e voltado à igreja), sua escolha era “inválida”. Donato era arrogante e orgulhoso, crendo-se “santo”, e tinha interesse na diocese de Cartago, referência de importância e riqueza no antigo Império Romano.

Marcelino não era donatista e não tinha motivo para contestar a eleição. Como autoridade civil responsável do evento, atraiu a ira dos donatistas, que falsamente o denunciaram como cúmplice de Heracliano, um usurpador da província de Cartago, inimigo do imperador Honório. Um inquérito injusto foi aberto, e Marcelino condenado à morte por decapitação, sentença executada em 13 de setembro de 411.

Um ano depois, o erro foi reconhecido pela justiça romana e pelo imperador, e, tendo as acusações sido retiradas, Marcelino foi reverenciado como mártir, por ter dado a vida defendendo a correta posição da Igreja.

 

Colaboração: José Duarte de Barros Filho


Reflexão:

Enquanto não nos convencermos do nosso próprio “donatismo”, isto é, da nossa ilusão de sermos melhores do que os outros, não teremos condições de dar a vida pela Verdade de Cristo, no martírio se necessário, ou no morrer diário para as seduções do mundo. São Marcelino era humilde, e na humildade correto, e correto não hesitou em preferir a separação do próprio corpo do que a separação de Cristo. Somos nós mesmos os tribunos responsáveis pela decisão de fidelidade à Igreja, independentemente das intrigas e injustiças nesta vida. Sejamos, como Marcelino, amigos dos santos, consultando-nos com eles para lhes seguir o exemplo.

Oração:

Senhor, justo Juiz, acolhei-nos na Vossa misericórdia, concedendo-nos pela intercessão de São Marcelino a firmeza de reconhecermos os nossos erros e deles nos arrependermos sinceramente, para com nossa vida e morte darmos testemunho da Verdade da Vossa Igreja. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e Nossa Senhora. Amém.

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