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Santo Arnaldo Janssen

Nascido em 1837 em Goch, pequena cidade da Baixa Renânia na Alemanha, Arnaldo foi o segundo de onze filhos numa fervorosa família cristã de classe média. Ali aprendeu o amor à Santíssima Trindade, a devoção ao Espírito Santo e a preocupação pelas missões, bem como a responsabilidade no trabalho.

Estudou em Gaesdonck até 1855, quando ingressou no seminário diocesano de Münster. Além de Teologia, a partir de 1857 aprendeu Matemática, Ciências Naturais e Filosofia na Universidade de Bonn, diplomando-se aos 20 anos para ensinar todas as matérias do colegial. Ordenou-se em 1861 e nos 12 anos seguintes, aproximadamente, lecionou na escola pública de Bocholt e coordenou o Apostolado da Oração na diocese de Münster.

Em 1873, preocupado com a questão missionária, resignou do cargo de professor, viajou pela Alemanha e fundou a revista mensal Mensageiro do Sagrado Coração, voltada ao incentivo dos católicos alemães para o trabalho nas missões, tanto no país quanto no exterior. Neste período Bismarck, no governo teutônico, declarou a Kulturkampf (batalha cultural), com leis contra os católicos, pretendendo colocar a Igreja sob a direção do Estado, incluindo a expulsão de religiosos e a prisão de bispos.

A muitos dos sacerdotes banidos, Arnaldo propôs que se dedicassem às missões, ou que ajudassem na formação dos missionários. O incentivo de um bispo, Vigário Apostólico de Hong-Kong, que conheceu em 1874, o levou a querer fundar uma congregação missionária que suprisse tais necessidades dos clero e dos fiéis. Diante das objeções de que ele não estaria qualificado para isso e de que os tempos não eram favoráveis, respondeu: “O Senhor desafia a nossa fé e incentiva-nos a fazer algo novo, precisamente quando tantas coisas implodem na Igreja.”

Por causa da perseguição em território nacional, Arnaldo comprou uma hospedaria antiga na Holanda, próxima à fronteira, em Steyl. Fundou ali a primeira comunidade missionária de origem alemã para formação de sacerdotes e irmãos, a Sociedade do Verbo Divino (Congregação dos Missionários do Verbo Divino), sob a regra da Ordem Terceira Dominicana. Com austeridade, confiança na Divina Providência e intensa vida de oração, pessoal e comunitária, Arnaldo venceu as dificuldades iniciais e já em março de 1879 seus dois primeiros missionários foram para a China (um deles o Pe. José Freinadmetz, também canonizado no mesmo dia). Nos anos seguintes, outros partiram para o Extremo Oriente, América e África.

Para obter divulgação, incentivar vocações e obter meios econômicos, Arnaldo abriu uma tipografia apenas quatro meses depois da inauguração, contando com a contribuição de milhares de leigos na distribuição da revista de Steyl. Também desde o princípio houve a contribuição de mulheres voluntárias, que desejavam atuar como religiosas. Assim, em dezembro de 1889, ele fundou a Congregação Missionária das Servas do Espírito Santo (SspS), cujas primeiras missionárias chegaram à Argentina em 1895. E em 1896 fundou o ramo contemplativo, a Congregação das Irmãs Servas do Espírito Santo da Adoração Perpétua (SspSAP), dedicado a rezar permanentemente diante do Santíssimo Sacramento pela Igreja e especialmente pela atividade missionária das outras duas congregações.

Santo Arnaldo faleceu em 15 de janeiro de 1909 em Steyl, consumido pelo trabalho. Sua obra está atualmente nos cinco continentes, havendo mais de 6.000 missionários do Verbo Divino em 63 países, mais de 3.800 Servas do Espírito Santo e 400 Servas do Espírito Santo de Adoração Perpétua. Ele foi proclamado pioneiro do movimento missionário moderno nos países de língua alemã, holandesa e eslava.

Colaboração: José Duarte de Barros Filho



Reflexão:

A obra dos santos é sempre admirável e surpreendente, mas nada há de espantoso no sucesso das atividades missionárias de São Arnaldo Janssen: esteve absolutamente garantido a partir das orações ininterruptas diante da Santíssima Eucaristia que ele, prudente, sábia e providencialmente destinou em favor da Igreja e das suas fundações através da Congregação das Irmãs Servas do Espírito Santo da Adoração Perpétua. Tudo pode ser obtido com a oração humilde e perseverante diante do Santíssimo, uma lição perene e tão claramente necessária para a santidade pessoal de todo fiel católico, e mais do que nunca para as necessidades atuais da Igreja, do nosso país e do mundo, no embate com a mais perniciosa Kulturkampf da História. Leis que perseguem o Catolicismo e a pretensão de colocar a Igreja sob as ordens do Estado são o retrato da crise mundial hodierna. E o sucesso contra esta nova (porém não original) agressão a Deus no Seu Corpo Místico depende desta forma de oração; nas palavras de São Arnaldo, “O Senhor desafia a nossa fé e incentiva-nos a fazer algo novo, precisamente quando tantas coisas implodem na Igreja.” A Adoração ao Santíssimo, muito provavelmente, pode ser algo novo para o nosso dia a dia de oração, mas a implosão dentro da Igreja, como heresias e afins, existem há mais de 20 séculos, e sempre existirão, e sempre serão vencidas com a confiança na Providência, oração e trabalho árduo. O modo de agir, como também ensina São Arnaldo, é o apostolado – "O anúncio do Evangelho é a forma mais sublime de amor ao próximo", anúncio pelo exemplo de verdadeira caridade na oração e nos atos, na palavra falada e escrita.

Oração:

Senhor, que quisestes vir a nós pela Palavra e pelo exemplo de vida do Vosso Filho, concedei-nos pela intercessão de São Arnaldo Janssen a graça de vivenciar como ele o intenso desejo de Vos obedecer, cumprindo o que nos pedis mesmo se parecer difícil; e com uma intensa e constante oração Vos amar, e também ao próximo na missão evangelizadora que recebemos no Batismo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e Nossa Senhora. Amém.

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