O Santuário Nacional e a Congregação do Santíssimo Redentor fazem memória dos 25 anos da morte do missionário redentorista padre Noé Sotillo. O religioso, que foi administrador da Basílica de Nossa Senhora Aparecida entre 1967 e 1989, morreu aos 75 anos, em 23 de setembro de 1996.
Uma missa em sufrágio da alma do padre Sotillo acontece na nesta quinta-feira (23), às 9h, no Altar Central da Basílica. A celebração será presidida pelo atual Administrador Ecônomo do Santuário Nacional, Padre Luiz Cláudio Alves de Macedo. A TV Aparecida e as redes sociais (Facebook e YouTube) do Santuário Nacional transmitem a Eucaristia.
Nascido em Cerquilho (SP), em 13 de março de 1921, o jovem Noé Sotillo entrou para o Seminário da Congregação Redentorista aos 15 anos de idade. Após as etapas de formação, ordenou-se sacerdote em 1949. Seu primeiro trabalho pastoral foi como vigário cooperador na Paróquia-Santuário da Penha, em São Paulo, de 1950 a 1951. A partir de 1952, iniciou a pregação das Missões Populares em várias regiões, percorrendo todo o Brasil, até 1965.
Em Aparecida, conduziu diversas atividades no Santuário Nacional, com destaque para a construção da Cúpula Central, Passarela da Fé e Capela das Velas. Padre Sotillo também esteve à frente de projetos que impactaram diretamente nos romeiros, sendo o responsável por planejar toda a infraestrutura que até hoje acolhe os milhões de romeiros.
“Se hoje nós temos o Santuário Nacional como um imenso monumento mariano, é devido a esse homem e a capacidade de trabalho dele. Eu via no padre Noé Sotillo um lado muito sensível ao povo. Todo esse conjunto que atende ao romeiro e suas necessidades foram pensados pelo Noé Sotillo, que sabia que o romeiro precisava de um lugar para descansar, para ir ao banheiro, para comer”, afirma o Diretor da Academia Marial de Aparecida, Padre José Ulysses da Silva.
Sua missão foi marcada também pela criação da estrutura administrativa do Santuário Nacional. Além dos espaços de acolhida para os devotos que visitam a Basílica de Aparecida, os trabalhadores da instituição também iniciaram um processo de profissionalização em sua gestão.
“Ele pensava em tudo isso e foi pela iniciativa dele que tudo aconteceu. Então hoje, você ter uma infraestrutura neste Santuário capaz de acolher o romeiro e uma organização capaz de fazer tudo funcionar da melhor maneira, foi graças ao Padre Noé Sotillo”, complementa padre Ulysses.
Padre Noé Sotillo, descobriu, em dezembro de 1995, um câncer no pâncreas. Durante o período da doença, o religioso não deixava de rezar, entregando à Deus toda a enfermidade, até que em 23 de setembro de 1996, ele faleceu na cidade de Pouso Alegre (MG), onde estava hospitalizado.
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