No primeiro dia do novo ano, somos convidados a contemplar Maria, Mãe de Deus. Há 60 anos, neste mesmo dia, a Igreja celebra a Jornada Mundial da Paz.
Ela é a mãe do Filho de Deus, a “Theotokos”, como a chamam os orientais. A liturgia deste dia realça a maternidade divina de Maria, consequência direta da divindade de Jesus de Nazaré, de quem Ela é mãe.
Maria recebeu o dom de ser mãe do Salvador e guardava esse mistério no coração. Foi Ela quem entregou Jesus ao mundo, representado nos pastores que correram a Belém após o anúncio do anjo.
Maria ocupa um lugar eminente no plano da salvação. Deus quis contar com Ela — e também conosco — para realizar Sua obra.
A exemplo de Maria, que respondeu com fé ao chamado de Deus, também nós somos convidados, após acolher Jesus no coração, a anunciá-Lo aos que ainda não O conhecem, tornando-nos discípulos missionários.
Segundo o Evangelho de Lucas, oito dias depois do nascimento, Jesus foi circuncidado, rito em que recebeu oficialmente o nome “Jesus”, que significa “O Senhor Salva”.
Assim, Ele não é apenas mais um filho de Israel, mas o Salvador de toda a humanidade.
O Papa Paulo VI instituiu este dia como a Jornada Mundial da Paz.
A vinda de Deus ao mundo inaugura um tempo em que a paz se torna possível, pois em Cristo nos tornamos filhos e filhas de Deus, e assim irmãos e irmãs uns dos outros.
Se somos filhos de Deus, somos filhos da Paz. Se somos irmãos em Cristo, somos irmãos da paz.
Com este pensamento, o Papa iniciou sua Mensagem de Paz para o novo ano, com o tema: “Não mais escravos, mas irmãos.”
Inspirado na Carta de São Paulo a Filêmon (1, 8–21), o Papa recorda que, em Cristo, todo batizado é uma pessoa livre.
O discipulado em Cristo é um novo nascimento, que regenera a fraternidade e fundamenta tanto a vida familiar quanto a vida social.
O Papa Francisco alerta que, embora a escravidão formal tenha sido abolida, milhões de pessoas ainda hoje vivem privadas de liberdade, em condições semelhantes à escravidão — o que constitui um delito de lesa-humanidade.
O Papa denuncia o trabalho escravo em vários setores, a situação dos migrantes que sofrem fome, abusos e exploração, e o tráfico de pessoas e de órgãos.
Na raiz de toda escravidão está a negação da dignidade humana, quando o outro é visto como objeto e não como semelhante, criado à imagem e semelhança de Deus.
O Papa faz um apelo forte: “Globalizar a fraternidade, não a escravidão nem a indiferença.”
Todos necessitamos deste bem maior que é a paz — em nossas famílias, na sociedade e no mundo.
Necessitamos mais de Deus para construir e irradiar a paz, o Deus que nos fez à Sua imagem e semelhança e que Jesus nos revelou como Pai de todos nós.
Boleto
Carregando ...
Reportar erro!
Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:
Carregando ...
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.