Homilias

Maria, Mãe de Deus e a Jornada Mundial da Paz

Celebração de Maria, Mãe de Deus, e a Jornada Mundial da Paz: fé, fraternidade e compromisso cristão pela justiça e solidariedade.

Escrito por Dom Raymundo Damasceno Assis

09 JAN 2015 - 11H19 (Atualizada em 12 NOV 2025 - 12H08)

Wikimedia Commons

No primeiro dia do novo ano, somos convidados a contemplar Maria, Mãe de Deus60 anos, neste mesmo dia, a Igreja celebra a Jornada Mundial da Paz.

A Maternidade Divina de Maria

Ela é a mãe do Filho de Deus, a “Theotokos”, como a chamam os orientais. A liturgia deste dia realça a maternidade divina de Maria, consequência direta da divindade de Jesus de Nazaré, de quem Ela é mãe.

Maria recebeu o dom de ser mãe do Salvador e guardava esse mistério no coraçãoFoi Ela quem entregou Jesus ao mundo, representado nos pastores que correram a Belém após o anúncio do anjo.

Maria no Plano da Salvação

Maria ocupa um lugar eminente no plano da salvaçãoDeus quis contar com Ela — e também conosco — para realizar Sua obra.

A exemplo de Maria, que respondeu com fé ao chamado de Deus, também nós somos convidados, após acolher Jesus no coração, a anunciá-Lo aos que ainda não O conhecem, tornando-nos discípulos missionários.

O Nome de Jesus: “O Senhor Salva”

Segundo o Evangelho de Lucas, oito dias depois do nascimento, Jesus foi circuncidado, rito em que recebeu oficialmente o nome “Jesus”, que significa “O Senhor Salva”.

Assim, Ele não é apenas mais um filho de Israel, mas o Salvador de toda a humanidade.

Jornada Mundial da Paz: Chamado à Fraternidade

O Papa Paulo VI instituiu este dia como a Jornada Mundial da Paz.

A vinda de Deus ao mundo inaugura um tempo em que a paz se torna possível, pois em Cristo nos tornamos filhos e filhas de Deus, e assim irmãos e irmãs uns dos outros.

Se somos filhos de Deus, somos filhos da PazSe somos irmãos em Cristo, somos irmãos da paz.

“Corresponde à nossa vocação comum colaborar com Deus e com todas as pessoas de boa vontade para promover a concórdia e a paz no mundo.” Papa Francisco

Com este pensamento, o Papa iniciou sua Mensagem de Paz para o novo ano, com o tema: “Não mais escravos, mas irmãos.”

“Não Mais Escravos, Mas Irmãos”

Inspirado na Carta de São Paulo a Filêmon (1, 8–21), o Papa recorda que, em Cristo, todo batizado é uma pessoa livre.

O discipulado em Cristo é um novo nascimento, que regenera a fraternidade e fundamenta tanto a vida familiar quanto a vida social.

O Papa Francisco alerta que, embora a escravidão formal tenha sido abolida, milhões de pessoas ainda hoje vivem privadas de liberdade, em condições semelhantes à escravidão — o que constitui um delito de lesa-humanidade.

As Novas Formas de Escravidão

O Papa denuncia o trabalho escravo em vários setores, a situação dos migrantes que sofrem fome, abusos e exploração, e o tráfico de pessoas e de órgãos.

“Penso em todos aqueles que são sequestrados e mantidos em cativeiro por grupos terroristas.” Papa Francisco

Na raiz de toda escravidão está a negação da dignidade humana, quando o outro é visto como objeto e não como semelhante, criado à imagem e semelhança de Deus.

O Papa faz um apelo forte: “Globalizar a fraternidade, não a escravidão nem a indiferença.”

Necessitamos da Paz

Todos necessitamos deste bem maior que é a paz — em nossas famílias, na sociedade e no mundo.

Necessitamos mais de Deus para construir e irradiar a paz, o Deus que nos fez à Sua imagem e semelhança e que Jesus nos revelou como Pai de todos nós.

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